Irmãs foram encontradas mortas 23 dias após o desaparecimento
Nesta quinta-feira, 29 de março, completou um ano do desaparecimento das irmãs Cícera Beatriz dos Santos, 12 anos de idade, e Samara Oliveira dos Santos, 14, que residiam no município de Coruripe. As adolescentes foram encontradas mortas 23 dias depois do desaparecimento em avançado estado de decomposição e com disparos de pistola 380 na região da cabeça, em terras de uma fazenda localizada no Povoado Lagoa do Pau. As vítimas não sofreram violência sexual, segundo laudo do Instituto Médico Legal.
De acordo com José Raimundo de Oliveira, pai de Samara e padrasto de Cícera Beatriz, que conversou com a reportagem do portal de notícias Aqui Acontece, mesmo passado um ano do desaparecimento das adolescentes a polícia ainda não solucionou o caso que permanece sendo um mistério.
“Gostaria muito que a pessoa que fez isso com minhas filhas pagasse. Desde daquele dia que as encontramos mortas que nossa vida mudou. Não temos mais alegria e vivemos clamando por Justiça, esperando que esse criminoso seja identificado e que possa responder na Justiça por todo mal que nos causou. Vou continuar cobrando uma resposta da Justiça”, declarou.
José Raimundo explicou ainda que procurou a Delegacia de Coruripe na última terça-feira, 27 de março, para saber se tinham alguma novidade sobre o caso e foi informado que por enquanto nada. “Perguntei se o delegado tinha alguma notícia sobre esse crime e ele me disse apenas que estava trabalhando no caso, mas que ainda não tinha nada de concreto”, acrescentou.
Pessoas teriam presenciado o momento em que o provável assassino parou o carro próximo as meninas para oferecer uma carona até a escola onde elas estudavam. Algumas dessas testemunhas contaram à polícia que primeiro elas se negaram a entrar no veículo, mas depois, diante da insistência do homem, acabaram aceitando a carona.
Investigações continuam
O inquérito policial do caso foi comandado no primeiro momento pelo Delegado Josias Lima, que em entrevista concedida à imprensa alagoana declarou que já tinha um suspeito pelo crime. Atualmente, o delegado responsável pelas investigações é o Dr. José Carlos Sales dos Santos, que há quatro meses assumiu a Delegacia de Coruripe.
O inquérito já chegou a ser encaminhado à Justiça, mas tanto o Ministério Público quanto o juiz Sostenes de Andrade, consideraram a “denúncia” pouco fundamentada, ou seja, sem provas suficientes para a incriminação de quem quer que seja. Por conta disso, o inquérito foi devolvido para que a Polícia Civil continuasse investigando o caso à procura de novas informações que possam levar ao paradeiro do criminoso e a descoberta do motivo pelo qual o duplo homicídio foi praticado.
Segundo o delegado José Carlos Sales, as investigações vão continuar e só cessarão quando o caso for esclarecido.
