Espectro: Peritos Criminais realizam exames em material

POALMilena Maria Cavalcante Tesla

Milena Maria Cavalcante Tesla

O Instituto de Criminalística de Maceió recebeu na última semana o material apreendido na operação Espectro realizado pela Polícia civil e Ministério Público de Alagoas. Os vários volumes de documentos e notas fiscais confiscadas passarão por exames para detectar as fraudes e falsificações cometidas pela quadrilha acusada de burlar os processos licitatórios para compra de alimentos na Secretaria de Defesa Social.

Integrantes da equipe formada por quatro peritas criminais, Milena Maria Cavalcante Tesla e Rosana Maria Frota de Barros Silva, afirmam que estão preparadas para mais esse desafio. No laboratório de perícias residuais, onde elas trabalham, os documentos serão analisados um a um, e como são muitos e variados tipos, a equipe precisará de um prazo maior para conclusão do laudo.

“Primeiro iremos delimitar e concluir se o documento é falso ou não. Através dos seus dispositivos de segurança e do exame de grafoscopia confirmaremos sua autenticidade”, afirmou Milela.

A perita explicou que como na maioria dessas operações os volumes apreendidos são formados por documentos particulares, contratos de empresas, selo fiscal de autenticidade de cartório, notas fiscais manuais e eletrônicas, se faz necessário esse tipo de exame para detectar sua originalidade para comprovar o crime. “É um quebra cabeça, e muitas vezes um sacrifício de se dedicar a profissão, mas é prazeroso conseguir desvendar o crime. O falsário tenta de todas as formas enganar, às vezes eles conseguem um selo autentico, mas que não pertence ao lote pertencente a empresa que emitiu o documento, por isso avaliamos toda a sua composição, item por item para comprovar ser um nota fria”.

Além dos exames no laboratório, as peritas, ainda poderão realizar diligências em bancos, cartórios, juntas comerciais, algumas delas do interior para colher documentos padrões para confrontar com os documentos apreendidos e concluir o laudo. Depois de periciado todo material também será devolvido para a delegacia responsável pelas investigações.

Operação Espectro

A operação cumpriu 17 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, após investigação solicitada pela Controladoria Geral do Estado, em 2001.

As empresas vendiam produtos alimentícios para os órgãos do Estado, mas não entregavam os produtos e triplicavam o valor nas notas fiscais. 73 empresas estão sendo investigadas por participação na fraude e o rombo no cofre do Estado pode ultrapassar R$ 300 milhões.

Com os resultados dos exames periciais realizados no IC se comprovada às fraudes, os envolvidos deverão responder por crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documento público, falsificação de documento particular, fraude em licitação, formação de quadrilha e sonegação fiscal.

Fonte: Ascom/POAL

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