‘Churrascaria cobra menos de mim’, diz jovem de 20 anos que aparenta 12

Ricardo Campos Jr. / G1 MSMarithê sempre tem que apresentar identidade para comprar bebida

Marithê sempre tem que apresentar identidade para comprar bebida

Apesar de ter 20 anos de idade, a estudante de jornalismo Marithê Lopes afirma que consegue se passar por uma menina de 12 anos por ser baixinha (1,47 metros) e ter rosto de criança. Essas características têm rendido à jovem algumas situações constrangedoras, mas também dá a ela vantagens, como a de ter descontos em alguns restaurantes onde crianças pagam a metade do preço.

“Há uma semana eu e minha família fomos a uma churrascaria e eu paguei metade [do que era cobrado por pessoa]. Sempre que nós vamos nesse local eles cobram menos de mim. Acham que eu sou criança. Eles não perguntam nada, só marcam o valor na comanda”, disse a universitária ao G1.

Ela garante que em momento algum chega a mentir a idade. “Se eles me perguntam, eu falo que tenho mais idade”, explica.

Ela conta que o tamanho e aparência infantil são em função de um problema hormonal, descoberto quando ela tinha 8 anos. Ela relata não ter feito a reposição indicada pelo médico e cresceu sempre aparentando menos idade.

Isso não é muito vantajoso quando ela sai sozinha ou acompanhada pelos amigos, segundo a jovem. Ela conta que frequentemente é barrada na entrada de bares e do cinema. O problema é quando os seguranças ou bilheteiros desconfiam que os documentos que ela carrega podem ser artimanha para entrar nos recintos. “No ano passado eu fui a um bar e apresentei meus documentos quando cheguei lá. O segurança não acreditou que eu fosse maior de idade e chamou um colega. Ele disse que eu estava querendo enganá-los. Eu estava com meus amigos, eles ajudaram a argumentar e eu entrei”, afirma.

“Tem que ter muita paciência. Tem que explicar sempre. Esse lance de ter que provar a idade chega a uma hora que cansa, mas eu acho que eu consigo contornar a situação”, disse.

Apesar dos inconvenientes, ela diz ter se acostumado com esse tipo de situação. Às vezes, de acordo com a estudante, não só é confundida com criança como é tratada como uma. Segundo ela, isso acontece principalmente em shows, onde as pessoas estranham em ve-la andando sozinha em meio à multidão.

“Uma vez eu fui ao banheiro no meio de um show. Quando eu estava voltando, umas meninas me pararam e perguntaram se eu estava perdida de meus pais. É assim, as pessoas querem me levar ao palco e oferecem ajuda para encontrar minha família, disse.

Mesmo com os constrangimentos e confusões causados pelo tamanho, Marithê afirma que aprendeu a conviver e até a rir dos momentos como esses relatados ao G1. “Eu acho graça dessas coisas", relata.

Fonte: G1

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