Preso na Espectro, empresário diz que cheques apreendidos foram descontados

Quarenta dias após a ação policial, a Operação Espectro segue registrando ‘fatos surpreendentes’. O advogado do empresário preso durante a operação entrou em contato com o coordenador do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) para denunciar o suposto ‘desaparecimento’ de cheques no valor de quase R$ 1 milhão, que teriam sido apreendidos durante a operação, no dia 6 de março.

Segundo a denúncia, informada pelo advogado do empresário Délio Xavier Tavares, teriam sido ‘descontados’ cheques no valor de R$ 960 mil. Estes cheques estariam sob a custódia da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) da Polícia Civil de Alagoas.

Nesta segunda, a PC deu início às oitivas dos envolvidos. Um capitão da Polícia Militar, responsável pelo auto de apreensão (dos documentos) e o advogado do empresário foram ouvidos pela delegada Ana Luíza Nogueira, que comanda a investigação. Segundo a assessoria da PC, as investigações sobre a Espectro seguem sob a responsabilidade da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária (Decotap).

Durante a operação foram presos os contadores José Carlos Dantas Roberto, Tânia Lúcia Feijó de Andrade, Antônio Luiz Gonzaga e Irani de Omena Brito. Os empresários presos foram identificados como Adelson Barbosa da Silva, Luzinete França Arakaki, Emerson Toshio Arakaki e Délio Xavier Tavares.

Com os acusados a polícia apreendeu R$ 230 mil em espécie, além de R$ 4 milhões em cheques e promissórias. Os acusados teriam participado de um esquema fraudulento que teria lesado os cofres públicos em cerca de R$ 300 milhões. A fraude teve início em 2008 e envolveria, ainda, agentes públicos – cujos nomes não foram identificados.

A não divulgação dos nomes dos agentes teria, inclusive, sido determinante para a mudança dos integrantes do Gecoc por um grupo mais ‘enérgico’.

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