A ação de policiais militares durante um protesto de estudantes na sexta-feira passada, dia 20, em Palmeira dos Índios, repercutiu na sessão ordinária desta terça-feira, 24, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).
Primeiro a usar a tribuna, o deputado João Henrique Caldas, o JHC (PTN) se disse desapontado e repudiou a postura antidemocrática do PM que, no vídeo divulgado por alunos da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), classifica o protesto de anarquia e afirma, dirigindo-se a um dos estudantes: “Isso aqui não é diálogo, é monólogo, eu falo e você escuta, que você não é autoridade”.
Em aparte, Judson Cabral (PT) prestou solidariedade aos manifestantes, criticou a truculência do policial militar e colocou a Comissão de Direitos Humanos da Casa, do qual é presidente, à disposição dos estudantes, para que fatos parecidos não se repitam.
Também em aparte, Ronaldo Medeiros (PT) criticou o que classificou de despreparo do PM para lidar com momentos de crise. “Imagine se, ao invés de estudantes, ali estivessem pessoas despreparadas? Teria havido tumulto de enormes proporções. Faz tempo que a ditadura passou”, frisou o parlamentar.
De acordo com os estudantes da Uncisal, que estavam munidos de faixas e narizes de palhaço, eles foram impedidos pelos policiais de realizar o protesto contra a falta de estrutura da universidade, que está com as aulas paralisadas devido à greve dos professores. Após o protesto frustrado, os alunos colocaram o vídeo onde “dialogam” com a PM no youtube, causando grande repercussão.
O fato mereceu um pedido de desculpas por parte do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), a quem os estudantes denunciaram a truculência, e uma Nota de Repúdio divulgada pela direção da Uncisal.
Próxima sessão
Após os pronunciamentos, o presidente Fernando Toledo encerrou a sessão e convocou outra para as 18h, quando os deputados devem escolher o nome que poderá ocupar a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AL).
