Audi prioriza o conforto no A4 2013
Nem todos sabem, mas o carro mais vendido da Audi no mundo é o sedã A4. Pensou que fosse o A1 ou o A3, não é mesmo? Pois bem, o automóvel número 1 na marca dos anéis está de cara nova e já desembarcou no mercado brasileiro e, assim como todos os veículos importados fora do eixo Mercosul-México, o três volumes alemão é mais uma vítima do IPI elevado. Isso quer dizer que o modelo, que já não era nada acessível, agora está mais caro.
A linha 2013 do A4 começa em salgados R$ 147.900, o que representa um aumento de R$ 13.000 em relação a gama anterior. Não só isso, o preço deste Audi supera de longe (mais de R$ 25.000) o de seus principais rivais no Brasil, no caso o BMW 320i e o Mercedes-Benz C 180. Mas, para não ficar feio e perder competitividade, o modelo renovado traz certas vantagens, sem falar no visual agora alinhado a identidade estética mais atual da marca.
Mestres em desenharem conjuntos ópticos cheio de estilo, os desenhistas da Audi mudaram a disposição dos LEDs nos faróis, que agora aparecem em forma de filete luminoso – antes era possível ver cada um dos diodos luminosos. As lanternas também receberam as lâmpadas mais modernas e um novo formato, mais jovial. O mesmo vale para a grade frontal, que teve o desenho suavizado, lembrando muito o design dos modelos A1 e Q3, pioneiros do novo estilo dos carros da marca alemã. No mais, o carro segue o mesmo, inclusive no interior.
A cabine, entretanto, apesar de manter o mesmo desenho, cresceu um “dedinho” graças a esticada de 10 mm na distância entre-eixos (2,808 mm). Quem realmente sente a diferença são os passageiros do banco traseiro, mas não chega a ser uma revolução ergonômica. Por outro lado, o motorista ganhou uma dose extra de comodidade.
Itens e equipamentos
O A4 2013 na versão de entrada “Ambiente” agora vem equipado de fábrica com bancos dianteiros com ajuste elétrico e a direção trocou a assistência hidráulica por elétrica, o que deixou o volante extremamente mais leve, o que é ótimo para guiar na cidade. Outro item de série é o sistema de navegação GPS com orientações em português (de Portugal, ora pois) e um comando de voz bastante apurado. O equipamento pode ser configurado de acordo com seu sotaque, ou seja, ele vai entender tanto quem fala “orra meu” ou diz “oxente”. Só ficou faltando ar-condicionado com ao menos duas zonas (dual zone) de climatização.
Outras regalias de destaque do novo A4 são o teto solar, controle de velocidade de cruzeiro com comando no volante, freio de estacionamento elétrico e sensores de chuva e crepuscular. O pacote de segurança também é digno de elogios: o carro já traz seis airbags, controles eletrônicos de tração e estabilidade, fora os triviais freios ABS com assistência EDB, que distribui a frenagem entre as rodas por demanda. A lista ainda contém faróis de xenônio.
Conjunto mecânico
Diferente do visual e a lista de equipamentos, a parte mecânica do A4 oferecido no Brasil segue inalterada. O modelo continua com o premiado motor 2.0 TFSI (turbocompressor e injeção direta de gasolina) de 180 cv a 4.000 rpm e torque máximo de 32,6 kgfm entre 1.500 rpm e 3.900 rpm, o que é uma boa faixa. A transmissão, porém, não chega a ser ruim, mas deixa a sensação de que poderia ser melhor. Este modelo é equipado com o câmbio Multitronic, a caixa CVT (continuamente variável) da Audi, que possui ainda 8 marchas fixas.
Carros com câmbio CVT, mesmo com comando sequencial, não oferecem a esportividade que uma caixa manual ou até automática “pura” podem proporcional. Em contrapartida, ajuda bastante na redução do consumo de combustível. Segundo a divisão nacional da Audi, o modelo adaptado para o país roda em média 14 km por litro de gasolina “brasileira”.
Ainda assim o A4 dá seus “pulos” e conta com um desempenho interessante. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 8,2 segundos e a velocidade máxima é de 226 km/h. Fora isso, a forma suave como o modelo roda tanto na cidade como na estrada impressiona. Com os vidros fechados praticamente não se ouve o ruído dos pneus ou o ronco do motor, mesmo a 120 km/h. Parece que o carro flutua no asfalto.
Conclusão
A Audi Brasil diz que o novo A4 é um carro indicado tanto para famílias como para jovens empresários que buscam no automóvel uma forma de demonstrar seu status. Para isso, ele funciona muito bem e ainda é mais confortável e anda mais que os modelos de entrada de BMW e Mercedes-Benz na categoria. Quem quiser ainda mais a bordo do sedã da Audi pode esperar até julho, quando a chega a versão "Ambition" com motor de 211 cv, mais itens e, claro, um preço maior.
