Alagoas ocupa 2º lugar em crimes contra mulheres

Pesquisa registrou uma taxa de 8,3 homicídios para cada 100 mil mulheres.

Em 30 anos, no período de 1980 e 2010, aproximadamente 91 mil mulheres foram assassinadas no Brasil – 43,5 mil só na última década. Os números, divulgados nesta segunda-feira, 7, são alarmantes e foram revelados pelo estudo complementar do mapa da violência 2012. A taxa de mortes nesses 30 anos passou de 1.353 para 4.297, o que representa um aumento de 217,6%.

O mapa da violência de 2012, pesquisa coordenada pelo sociólogo Júlio Jacobo Waiselfiz, mostrou ainda que um ano após a lei Maria da Penha ser implantada, em setembro de 2006, as taxas de homicídio apresentaram visível queda (de 4,6 para 3,9 mortes em cada 100 mil mulheres). Já a partir de 2008, a violência retoma os patamares anteriores, com 4,4. Segundo o estudo, isso revelaria que as atuais políticas ainda são insuficientes para mudar a situação das mulheres no Brasil.

Em todo o País, o Estado mais violento foi o Espírito Santo, com uma taxa de 9,4 homicídios em cada 100 mil mulheres. Com isso mais que duplica a média nacional e quase quadruplica a taxa do Piauí, Estado que apresenta o menor índice (2,6). Em segundo lugar aparece o estado de Alagoas, com uma taxa de 8,3 homicídios para cada 100 mil mulheres.

Já nas capitais, a taxa de homicídios chegou a 5,1. Os índices mais altos de assassinatos foram encontrados em Porto Velho, Rio Branco, Manaus e Boa Vista, todas da região Norte, com níveis acima de 10 mortes para cada 100 mil. A capital alagoana ocupa o 14º lugar no ranking da violência contra a mulher, com uma média de 5,9 homicídios.

O estudo citou ainda que, com base nos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre os 80 países do mundo, o Brasil ocupa o 7º lugar como uma das nações com de elevados níveis de feminicídio.

Em pouco menos da metade dos casos, o agressor é o parceiro (ou ex-parceiro) da mulher (42,5% do total de agressões). Se comparada a idade da vítima entre 20 e 49 anos, 65% das agressões tiveram autoria do namorado, marido ou do ex. Com a pesquisa ficou claro que, em quase 70% dos casos, a agressão acontece no ambiente famiiar, a própria residência da vítima.

Fonte: Com informações do IG

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