Renan defende sistema de cotas em universidades brasileiras

Agência SenadoRenan enaltece decisão adotadas pelos ministros do STF favorável ao sistema de cotas raciais

Renan enaltece decisão adotadas pelos ministros do STF favorável ao sistema de cotas raciais

Brasília, 11 – O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi à tribuna, na manhã desta sexta-feira, para defender o sistema de cotas raciais nas universidades brasileiras. O parlamentar elogiou a decisão tomada esta semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF) considerando constitucional essa prática, necessária, na sua opinião, para o combate das desigualdades sociais.

– Apesar dos recursos naturais e da pujança que põem o Brasil como futura potência mundial, temos que corrigir as desigualdades do País. Foi com satisfação que recebi o julgamento do STF a favor do sistema de cotas adotado pelas instituições públicas de ensino superior – disse o senador.

Renan citou dados de um estudo feito pela Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) mostrando que apenas 8,7% dos estudantes universitários brasileiros são negros. Os pardos somam 32% e os indígenas, menos de 1%.

– Pesquisa anterior, de 2003, mostrava menos de 6% de negros. Ou seja, houve uma evolução, mas ainda há muito a ser feito – avaliou o senador, elogiando a política de cotas adotada pela Universidade Federal de Alagoas, onde, segundo ele, existem 1.020 alunos cotistas. Em 2005, logo que o programa foi iniciado, eram apenas 192. Em 2011, foram 918. Ou seja, há um constante crescimento – destacou.

Em aparte, os senadores Paulo Paim (PT-RS) cumprimentou o líder do PMDB pelo pronunciamento e também defendeu o sistema de cotas, seguido por Romero Jucá (PMDB-RR), que destacou a decisão do STF como uma posição histórica. “O Supremo Tribunal Federal fez história ao marcar essa posição”, completou o senador.

– Essa experiência começou com uma reserva de 20% das matrículas por meio do Vestibular ou dos outros critérios de seleção na época para assegurarmos o acesso dos estudantes das escolas públicas e hoje as vagas estão reservadas em 50% das matrículas da UEPB. Ou seja, 50% das vagas são reservadas exclusivamente aos estudantes oriundos do ensino público estadual – concluiu o senador.

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) não apenas manifestou a sua concordância com o regime de cotas, que, segundo ele, “representa um avanço para o Brasil”, como citou a experiência vivida em seu governo no Paraíba com a Universidade Pública Estadual (UEPB) estabelecendo, além de cotas raciais, um critério de acesso a partir da origem do estudando no ensino público.

Renan agradeceu o aparte dos três senadores e concluiu o pronunciamento enaltecendo os ministros do STF “pela postura de absoluta isenção e pela sobeja demonstração de compromissos com o País”. Parabenizou, também, ao senador Cássio Cunha Lima ”pelos grandes resultados obtidos na Paraíba com a implantação dessa política afirmativa do ponto de vista social e da escola pública”.

Fonte: Assessoria com Agência Senado

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