Comissão do Senado aprova pena por exploração sexual de crianças

Agência SenadoNa tribuna, Renan saudou aprovação do projeto que aumenta pena para casos de exploração sexual de crianças

Na tribuna, Renan saudou aprovação do projeto que aumenta pena para casos de exploração sexual de crianças

Brasília, 17 – O senador Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado, ocupou a tribuna, na noite desta quinta-feira, 17, para registrar a aprovação, pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, do Projeto de Lei nº 495, de 2011, de sua autoria, que procura combater ainda mais a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. Pediu o apoio da Casa para que a matéria seja votada agora, em decisão terminativa, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
A aprovação do PLS, na véspera do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que é comemorado hoje, 18, levou o senador alagoano e líder do PMDB a fazer um agradecimento especial aos integrantes da Comissão de Direitos Humanos, particularmente ao seu presidente, “o amigo e senador Paulo Paim, que foi o relator e tanto se empenhou pela aprovação da matéria”, enfatizou.
Renan citou no pronunciamento um estudo da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, da Presidência da República, de 2005, indicando a existência desses delitos em quase 1000 municípios brasileiros, 400 deles considerados destinos turísticos. Essa foi uma das fortes razões que o levou a apresentar o projeto, tendo em vista os eventos esportivos internacional da Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Lembrou o senador que apresentou a matéria em agosto de 2011 e, “já em dezembro passado”, prosseguiu, “ela foi aprovada pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, tão bem presidida pelo senador Benedito de Lira”.
Para Renan, seu projeto bem estruturado, porque aperfeiçoa dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei da Política Nacional de Turismo. “Em primeiro lugar”, explicou, “porque amplia a pena de reclusão para todo aquele que submeta crianças e adolescentes à prostituição ou à exploração sexual”. A pena, hoje, é a reclusão de quatro a dez anos. De acordo com o nosso PLS, passa a ser de seis a 12 anos.
“Fomos além e pensamos também nas modalidades virtuais da exploração sexual. Assim, cuidamos para prever a mesma pena de reclusão, de seis a doze anos, para os criminosos que estimulem ou facilitem a exploração sexual de crianças e adolescentes, por meio da Internet”, pontuou Renan em seu pronunciamento.

Campanha institucional

O autor do projeto espera que o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes deva ser mesmo tratado sob a ótica colaborativa, por meio da ação conjunta da União, Estados e Municípios. Nesse sentido, ele lembrou que fez questão de incluir no PLS dispositivo prevendo a colaboração da União com os estados e com os municípios, na realização de campanhas institucionais e educativas.
“Deixo aqui, inclusive, a modesta sugestão para que o governo da presidenta Dilma inicie uma grande campanha institucional, envolvendo governadores e prefeitos para disseminar uma cultura de enfrentamento desse abominável tipo de exploração sexual, que verdadeiramente fere a dignidade da infância e da adolescência, no nosso País”, propôs o senador.
Além da questão penal, Renan disse ter a convicção de que o combate à exploração sexual deve ser uma autêntica política pública, a cargo do Estado brasileiro. “Por isso”, reforçou, “fizemos questão de inserir esse crime como um dos eixos da Política Nacional de Turismo, de que trata a Lei nº 11.771, de 2008”.
Essa inserção, na sua visão, permitirá a articulação de ações conjuntas e parcerias estratégicas entre o Ministério do Turismo e os órgãos de segurança pública, “dando maior eficácia à exploração sexual de que tratamos”.

Participação da sociedade

Convencido de que a sociedade organizada e a iniciativa privada vão participar do modelo que propõe para combater esse crime, o autor do PLS disse que incluiu, também, a possibilidade de reconhecimento, pelo Poder Público, por meio de selo indicativo, de ações e projetos da iniciativa privada que ajudem a combater a exploração sexual de crianças e adolescentes.
“Empresas e instituições que adotem práticas inteligentes ou disseminem a cultura de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes teriam um reconhecimento do Poder Público, por meio de um selo indicativo, que seria um selo de cidadania”, defende o senador. Ele acredita que muitas instituições gostariam de ver seus produtos e serviços associados a projetos e campanhas no combate a delitos que precisa da reprovação social dos brasileiros.

Fonte: Assessoria

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