O governador Teotonio Vilela Filho participou nessa sexta-feira, no Palácio da Abolição, sede governo do Ceará, da reunião de governadores do Nordeste para o lançamento de uma nova linha de crédito do Banco do Nordeste (BNB) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que prevê recursos da ordem de US$ 1,2 bilhão, a serem repassados para os estados.
Além dos governadores nordestinos, o encontro contou com a participação dos presidentes do Banco do Nordeste, Jurandir Santiago; e do BID, Luis Alberto Moreno.
A linha de crédito, batizada de Programa de Desenvolvimento Produtivo do Nordeste (Prodepe), tem foco na infraestrutura, atração de investimentos públicos e privados, principalmente externos e a interligação de programas regionais – de todos os noves estados nordestinos como um todo – tendo o BNB como catalizador e facilitador dos projetos integrados. Um Plano Diretor de Investimento será definido pelos próprios governos.
Representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) adiantaram que a instituição está formalizando uma decisão da diretoria para reforçar o caixa do Prodepe em mais U$ 1,2 milhão.
“Entre os programas que vão fazer parte da carteira do Prodepe estão a redução da desigualdade, a promoção da inclusão produtiva no mercado de trabalho, principalmente os jovens, qualidade na educação e na saúde, usar o turismo como alavanca para o desenvolvimento e atacar a malha rodoviária e atacar os gargalos da infraestrutura”, afirmou o presidente do BID, Luiz Moreno.
O drama da seca
Mesmo como o lançamento do Prodepe, o assunto que dominou a reunião foi a questão da seca do Nordeste. Todos os governadores aprovaram a nova linha de crédito, mas pediram prioridade para financiamentos em projetos urgentes de “sustentabilidade hídrica do sertão nordestino”, como afirmou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
No final da reunião, em entrevista coletiva a imprensa, o governador Teotonio Vilela ressaltou a preocupação dos governadores com a seca, quando falou da última reunião dos governadores com a presidente Dilma, que liberou verbas emergenciais e programas como a bolsa estiagem, a antecipação do seguro safra, “mas tudo é ainda muito pouco”,, disse Teotônio.
Ele adiantou também que durante a reunião dos governadores, o próprio presidente do BID, Luiz Moreno, teve boa receptividade aos apelos dos governadores, prometendo ampliar, em uma nova etapa, a linha de crédito lançada hoje, para favorecer a obras e ações exclusivas “Mas tudo isto é a médio prazo, precisamos de ações agora, em em recursos hídricos.
Alagoas, o gado está morrendo, a situação é difícil. Vivemos a mais forte seca dos últimos 50 anos”, assinalou o governador de Alagoas.
Crédito: Ascom
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