Assassinato de médico reacende debate sobre violência em AL

O Sindpol alertou que o seu assassinato é mais um entre os 11.500 registrados no Estado.

O assassinato do médico José Alfredo Vasco Tenório, de 67 anos, ocorrido no sábado, 26, no corredor Vera Arruda continua repercutindo na sociedade alagoana. Após a manifestação popular que criou o movimento “Alagoas – Estado de Emergência”, no Facebook, sindicatos e políticos se manifestaram sobre o caso e destacaram que o aumento da criminalidade está deixando a população apavorada.

Em nota de solidariedade à família do médico, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) alertou que o seu assassinato é mais um entre os 11.500 registrados no Estado, nos últimos cinco anos e aproveitou para criticar o Governo e cobrar melhoria salarial. “Os policiais estão totalmente desestimulados com baixos salários e sem perspectivas de valorização profissional. As delegacias estão sucateadas. Muitas passam por ‘eternas reformas’ que estão sendo investigadas pelo Ministério Público estadual com suspeitas de superfaturamento”, diz a nota.

Os vereadores por Maceió também se pronunciaram na sessão de hoje sobre a morte do médico. O vereador Oscar de Melo (PP) reiterou que o assassinato foi um absurdo e lembrou que a banalização da violência chegou a tal ponto, que apenas o assassinato do médico foi capaz de acender discussões sobre o assunto e provocar a mobilização da sociedade. “Em Alagoas, 17 mil pessoas foram assassinadas no ano passado. São números de uma guerra civil. O que houve com o Dr. Vasco foi um crime cruel de pura maldade. Infelizmente, mais um homicídio nas estatísticas do Estado, que tem mais de 20 assassinatos nos fins de semana”, frisou Oscar de Melo.

Melo também ressalta que jovens são assassinados na periferia e viram estatísticas porque a sociedade se ‘acostumou’. “Que não percamos nosso discernimento de protestar contra a violência desenfreada que assola Alagoas. Essa discussão tem que ser feita de forma muito mais ampla”, completou Oscar de Melo.

Já o vereador Marcelo Gouveia (PRB) demonstrou preocupação especial com o caso, porque reside nas imediações do Corredor Vera Arruda e assiste – constantemente – casos de prostituição e tráfico. “Meu filho não poderá mais andar de bicicleta no Corredor Vera Arruda. Não podemos ficar calados diante de uma situação dessas”, disse.

O vereador Ricardo Barbosa (PT) também usou a tribuna da Casa para pedir que os edis se mobilizem para dar um ‘basta’ na situação. “Esse crime nos chocou pela futilidade, do furto de uma bicicleta, e a covardia de um tiro nas costas. Isso numa área nobre, próximo a casa de muitos de nós, onde nossos filhos frequentam. É impossível continuar convivendo com essa situação de violência em Maceió.

Chega de discurso. Precisamos de ações concretas”, colocou.
Um ato marcado para as 19h30 de hoje, no corredor Vera Arruda, promete reunir centenas de pessoas com o objetivo de pedir providências às autoridades contra a violência desenfreada.

Fonte: Com assessorias

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