Caso Eliza Samudio completa dois anos

O Tempo/Reprodução/G1Goleiro Bruno

Goleiro Bruno

O processo que vai levar a júri popular o goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus acumula 44 volumes e um amontoado de páginas. Já são mais de 8.500 folhas guardadas na 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), e o documento tende a crescer até a conclusão do caso, que completa dois anos neste fim de semana. Segundo a Justiça Mineira, não há data para o júri sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Na fase atual, recursos e pedidos relacionados ao processo atrasam a tramitação.

Bruno e outras sete pessoas são réus no processo que apura o desaparecimento e morte de Eliza. Ela teve um relacionamento com o atleta e dizia que o filho dela era do goleiro. Para a Polícia Civil, Eliza foi morta em junho de 2010 a mando de Bruno. O corpo dela não foi encontrado.

A falta de previsão para o julgamento foi uma das preocupações apontadas por criminalistas ouvidos pelo G1, já que parte dos réus está presa. Os especialistas comentam aspectos do processo. "A Constituição garante o direito de ser julgado em prazo razoável. Mas o que é um prazo razoável? A jurisprudência tem sido bastante tolerante a respeito disso. Dois, três anos, é relativamente frequente. Constitucionalmente, não acho correto, mas a jurisprudência brasileira tem admitido", disse o jurista e criminalista Luiz Flávio Gomes, que já presidiu mais de 300 júris.

Bruno e mais dois réus seguem presos em Minas. Acusado de homicídio, o goleiro foi detido em julho de 2010, quando vivia um dos melhores momentos da carreira jogando pelo Flamengo. O amigo Luiz Henrique Romão, de apelido Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido, segundo a polícia, como Bola, também aguardam o processo atrás das grades. “Nenhum juiz tem coragem de soltar porque a pressão midiática e da sociedade é muito grande”, disse Gomes referindo-se ao caso que ganhou grande repercussão. O quarto acusado diretamente por homicídio é Sérgio Rosa Sales, que responde em liberdade.

Fonte: G1

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