Mãe cobra investigação sobre execução do filho cuja morte foi dada como clínica

Alagoas24horasAna Maria cobra elucidação da morte do filho, de apenas 16 anos

Ana Maria cobra elucidação da morte do filho, de apenas 16 anos

A dona de casa Ana Maria Araújo, 45 anos, esteve na Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Alagoas, na manhã desta sexta-feira, dia 15, para exigir a investigação sobre as condições que levaram à morte do seu filho, João Renato Araújo dos Santos, de apenas 16 anos, morto a tiros na noite do último sábado, 9.

João Renato estava na porta de casa, localizada na quadra 4 do Conjunto Denisson Menezes, por volta das 18h30 do sábado, quando um carro ocupado por elementos desconhecidos teriam parado em frente à residência vizinha a sua e efetuado vários disparos contra a casa, onde acontecia uma festa. Durante o tiroteio, cinco pessoas foram feridas.

As vítimas foram três adolescentes, de 16, 15, e 11 anos, uma criança de 6, além de uma mulher de 23 anos. Todos foram socorridos por populares e encaminhados para o Minipronto-socorro do Tabuleiro, onde José Renato deu entrada em óbito. Segundo a mãe de José Renato, a criança de 6 anos também teria morrido.

Além da tragédia de perder um filho, o drama de Ana Maria se agravou com o registro – supostamente equivocado – do boletim de ocorrência na Central de Polícia Civil. No BO da polícia judiciária, o crime teria sido descrito como ‘morte clínica’. Já no relatório do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods), a ocorrência está descrita corretamente como crime violento letal e intencional contra pessoa e tentativa de homicídio. As vítimas são descritas como um adolescente de 16 anos, uma criança de 11 e outra de seis anos, uma adolescente de 15 anos, além de Márcia Cristina Alves da Silva, 23 anos.

Em seu relato ao representante da OAB, Ana Maria disse que seu filho nunca teve envolvimento com ilícitos, era um aluno exemplar, além de campeão de xadrez na Escola Denisson Meneses. A informação foi confirmada pelo professor de José Renato, Yuri Miranda, que informou que este é o terceiro aluno da escola morto no prazo de apenas um ano.

O enxadrista cobrou a implementação de políticas públicas no bairro, além do reforço no policiamento. “Nossas crianças estão à mercê da criminalidade”, asseverou. Já Ana Maria disse querer que a OAB haja junto à polícia judiciária para alterar o status da morte, provocando assim a investigação do crime. “Quero que investiguem e encontrem os responsáveis pela morte do meu filho”.

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