Calheiros faz ‘balanço’ negativo da segurança pública em Alagoas

Segundo o deputado, além das “más escolhas” dos gestores da segurança pública, o governo também enfraqueceu as polícias, com arrocho salarial e falta de estrutura.

Deputado Olavo Calheiros
Deputado Olavo Calheiros

Na sessão ordinária desta terça-feira, 19, o deputado Olavo Calheiros (PMDB) ocupou a tribuna, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), para fazer um ‘balanço’ negativo da área de segurança pública durante a gestão do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Com um discurso duro, o parlamentar não poupou críticas à gestão tucana.

“Nem o mais pessimista jamais imaginaria que Alagoas atingiria índices tão altos de violência. Mata-se uma pessoa a cada três horas em Alagoas e 2.387 pessoas por ano. Na gestão do governo Teotonio Vilela foram quase 12 mil homicídios, números que refletem a guerra que se trava em Alagoas”, afirmou Calheiros.

Retrocedendo ao primeiro ano de mandato de Vilela, 2007, o deputado acusou o governador de promover “experiências” na área de segurança pública, primeiro com a contratação do general aposentado Sá Rocha para assumir a Secretaria de Defesa Social e depois com a chegada do ex-delegado da Polícia Federal, Paulo Rubim, ao cargo.

“Nos primeiros anos, o governador desacreditou os números e brincou com a segurança dos alagoanos ao colocar um general aposentado, sem motivação, sem compromisso e sem projeto para comandar a segurança pública. A violência aumentou, fechando 2007 com 1.839 homicídios”, afirmou o parlamentar.

Em relação a Rubim, Calheiros disse que, com ele, teve início a “era da mídia” e das operações pirotécnicas, com a entrega de cargos fundamentais a delegados mais jovens e inexperientes, marginalizando os antigos. “Com Rubim, a média anual de homicídios em Alagoas cresce para 1.947”.

Segundo o deputado, além das “más escolhas” dos gestores da segurança pública, o governo também enfraqueceu as polícias, com arrocho salarial e falta de estrutura. “O governo foi negligente e irresponsável com a vida dos alagoanos”, lamentou, acrescentando que o Plano Nacional de Segurança vem com um atraso de cinco anos e meio.

O projeto, que visa solucionar ou minimizar o problema da segurança pública, por meio de um ‘pacote de medidas’ de combate à violência, será lançado oficialmente no dia 26 de junho em Alagoas, com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

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