Antes mesmo da apresentação oficial do Plano de Redução da Criminalidade, intitulado Brasil sem violência, que acontece na próxima quinta-feira, dia 27, integrantes da bancada petista no legislativo estadual e municipal concederam entrevista coletiva na manhã de hoje, 25, para anunciar a postura ‘fiscalizadora’ do partido no acompanhamento das ações efetivas do plano, que tem Alagoas como projeto piloto.
De acordo com os deputados Ronaldo Medeiros, Judson Cabral e o vereador Ricardo Barbosa, além do advogado Pedro Montenegro, a reunião ocorrida na última semana com a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, serviu para os petistas conhecerem as diretrizes do plano. “Outros planos foram anunciados no Estado e não cumpriram a contento seu papel. Fomos convidados a conhecer as diretrizes e acompanhar a sua execução no estado”, explicou Pedro Montenegro, assessor jurídico da CEI da Violência na Câmara.
Os petistas também tiveram acesso ao diagnóstico que serviu de base para a elaboração do projeto. Segundo o estudo, as cidades mais violentas do estado são, em ordem de crimes, Maceió, Arapiraca, Rio Largo, São Miguel dos Campos, Marechal Deodoro, Penedo, Palmeira dos Índios, União dos Palmares, Coruripe e Pilar.
Ainda segundo Miki, há mais de 3 mil mandados de prisão em aberto, 3.315 laudos pendentes, além de 3.500 armas a serem periciadas. O diagnóstico ainda aponta os fins de semana, (domingo, sábado e sexta na sequência) os dias em que ocorrem mais crimes no estado. Neste mesmo perfil, o horário entre 18h e 20h59 são apontados como mais críticos. Na capital, Tabuleiro do Martins, Benedito Bentes e Jacintinho são apontados como os mais violentos, considerando dados apresentados pelo Estado entre 2008 e 2011.
Miki ainda apresentou as diretrizes do programa, que visa ao fortalecimento da perícia forense, fortalecimento da Polícia Civil, integração com o judiciário, investimento em policiamento ostensivo e de proximidade, controle de armas de mais ações.
Os políticos alagoanos ainda foram informados quanto à aplicação dos recursos, da ordem de R$ 60 milhões, sendo 18 milhões de contrapartida do Governo do Estado. O plano ainda prevê a realização de concurso público para as áreas de segurança pública.
Outro ponto salientado pelos petistas diz respeito à capacitação dos profissionais alagoanos. Segundo a promessa do Ministério da Justiça, peritos da Força Nacional e uma força-tarefa de delegados deve chegar ao Estado visando apenas acelerar os processos acumulados e capacitar os profissionais do Estado para desempenhar o papel.