Durante entrevista concedida à TV Gazeta na tarde desta terça-feira, dia 26, o secretário de Defesa Social, Dário César, voltou a destacar o que ele chama de ‘insensibilidade’ a postura dos médicos legistas que paralisaram suas atividades desde a quinta-feira, dia 21.
O discurso do secretário tem sido o mesmo desde que resolveu ‘quebrar’ o silêncio sobre o caos que toma conta dos Institutos Médico Legal de Maceió e Arapiraca. Para o secretário a greve é ‘oportunista’ e, ainda segundo ele, a paralisação do IML de Arapiraca não tem justifica plausível. Isto por que o prédio da cidade do Agreste é novo e, segundo Dário, tem condições plenas de funcionamento. “Se os legistas dizem que as condições de trabalho é o principal motivo da paralisação, então não tem justificativa o IML de Arapiraca está parado”, rebate o secretário.
Quanto à paralisação dos peritos, anunciada desde a manhã desta segunda-feira, dia 25, Dário foi taxativo: “somente o valor proposto para a bolsa é maior do que o piso de jornalista”, referindo-se a uma bolsa complementar ao salário da categoria no valor de R$ 2.500,00. A proposta será enviada para a Assembleia Legislativa e, se aprovada, os peritos do estado passariam a receber (unindo a bolsa ao atual salário) “um valor acima da média do Nordeste” confirmou Dário.
O aluguel da câmara de frigorífica anunciada pelo recém-empossado diretor do IML de Maceió, Luiz Mansur, nunca foi efetivada; a transferência dos corpos para o necrotério desativado do Sanatório não ocorreu. A única medida anunciada que foi posta em prática foi a decisão do secretário de liberar a saída dos corpos do Instituto sem necropsia, sujeito à exumação no caso de mortes ocasionadas por violência, que se deu após tumultos de familiares e o flagra de corpos a céu aberto.
