Riquelme, 34, volta a decidir a Libertadores no Brasil

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"Não temos o mesmo Riquelme de 2000, o menino que era um dos melhores do mundo, mas ainda temos o Riquelme com qualidade para fazer um gol ou dar um belo passe decisivo. Nos falavam, naquela época, que era difícil ser campeão no Brasil, mas a mística copeira do Boca se mostrou muito grande", comentou o torcedor José Polanco, argentino que está vivendo no Brasil e foi acompanhar o desembarque da delegação do Boca no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.

A chegada do time ao Brasil, porém, frustrou os fãs. Nem Riquelme, nem qualquer outro jogador foi visto pelos argentinos que chegavam em São Paulo para apoiar o clube do coração, muito menos pelos brasileiros anticorintianos que fizeram coro às músicas tradicionalmente cantadas pela La Doce, principal torcida organizada do time azul e amarelo e que tem uma filial instalada em São Paulo.

"Saímos de lá confiantes, pensamos que vamos levar. O Riquelme? Román não é o mesmo, claro, mas continua sendo muito importante. Pode decidir mais uma vez", completou Fernando Ledesma, outro torcedor do Boca que chegou na manhã de terça ao Brasil, pouco antes do elenco.

Todas as lentes miram Riquelme
Para a última movimentação antes da partida, realizada na noite de véspera, os finalistas não conversaram com os jornalistas brasileiros. A imprensa nacional teve de ficar além da grade do Pacaembu, já no setor de cadeiras numeradas, observando e fotografando os passos dos adversários do Corinthians. E de olho em Riquelme.

Na entrada, ele carregou um pequeno aparelho de som que foi capaz de reproduzir um tradicional ritmo argentino num volume considerável. Mas por volta das 19h40, quando os jogadores começavam a tirar o tênis, calçar a chuteira e ir para o gramado, Riquelme ficou no banco de reservas acompanhado pelo zagueiro Schiavi e impossível de ser encontrado pelas lentes e olhos das arquibancadas. Nem quando bombas foram atiradas da rua em direção ao campo e explodiram no setor laranja, próximo das cabines de rádio, ele foi visto impressionado, assustado, ou reagindo de qualquer forma.

Pouco mais de meia hora depois, as tradicionais rodas de bobinho deram lugar a um pequeno rachão em campo reduzido. Riquelme foi levantando aos poucos, o suficiente para praticamente não ser notado no início da movimentação do time sem colete, onde o astro fazia dupla de ataque com o zagueiro Schiavi, parceiro de papo.Quando o taxista parou na frente do portão principal do Pacaembu, me perguntou se toda aquela movimentação a pouco mais de 24 horas para a final da Libertadores tinha a ver com o Corinthians x Boca Juniors de logo mais. Eu desci dizendo que sim, que eu chegava ali para assistir à última movimentação do time argentino antes da decisão, o famoso "reconhecimento" do estádio. Bati a porta, não antes de ouví-lo falar: "Manda um abraço para o Riquelme!"

O camisa 10 e principal estrela do Boca Juniors desde que o hexacampeão continental voltou a vencer a Copa Libertadores – eram duas conquistas até Juan Román Riquelme e a geração comandada por Carlos Bianchi levaram o bicampeonato em 2000-2001 – é, de longe, o jogador mais comentado do elenco xeneize para a decisão desta quarta-feira, a terceira dele diante de clubes brasileiros na competição: venceu as outras duas, sendo protagonista contra Palmeiras em 2000 e Grêmio em 2007, e tem três títulos no total.

E foi exatamente o rótulo de carrasco palmeirense (superou o rival corintiano também nas semifinais de 2001, da mesma forma, após cobranças de pênalti em São Paulo) que fez do meia nascido em San Fernando, na província de Buenos Aires, um dos mais temidos e respeitados jogadores que visitaram o país nos últimos tempos.

Fonte: ESPN

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