Palmeiras ‘goleia’ Coxa por 2 a 0 e fica perto do título

Marcos Ribolli / Globoesporte.comPalmeiras e Coritiba fizeram jogo 'pegado' na Arena Barueri

Palmeiras e Coritiba fizeram jogo ‘pegado’ na Arena Barueri

Falta para o Palmeiras, e a galera vibra na Arena Barueri! Momentos que fizeram da torcida, consciente do que seu time podia fazer, a melhor em campo. O Coritiba era muito superior enquanto o jogo estava 0 a 0. Superioridade difícil de ser traduzida em palavras, mas também em gols. Por isso os palmeirenses iam à loucura com a possibilidade de um cruzamento ou um chute de Marcos Assunção. Conhecem bem a equipe que têm…

O primeiro passe encontrou Jonas e Betinho agarradinhos. O árbitro decidiu dar pênalti. O gol de Valdivia foi uma bênção para o Palmeiras, que parecia estar de folga. Um castigo para o Coritiba, que pecou pela incapacidade de concluir as boas jogadas criadas. E uma bonita homenagem para Barcos. Na comemoração, o Mago virou Pirata, ergueu um braço e tapou o olho com o outro, assim como faz o argentino, operado nesta quarta por apendicite.

No segundo gol, já na etapa final, a bola foi caprichosa. Dos pés de Assunção, passou pelas costas de Lincoln e pela cabeça de Thiago Heleno antes de cair no coração dos mais de 28 mil palmeirenses na Arena. O Palmeiras não fez quase nada, mas quase tudo deu certo e o título da Copa do Brasil está muito próximo após a vitória por 2 a 0, na noite desta quinta-feira.

Destaque negativo para a arbitragem lamentável de Wilton Pereira Sampaio. Não deu faltas escandalosas, inventou outras, não teve critério ao distribuir cartões amarelos e, para concluir seu trabalho, ignorou pênalti de Marcio Araújo em Tcheco, já na reta final do confronto.

Na próxima quarta-feira, no Couto Pereira, o Coritiba terá de vencer por três gols de diferença para conquistar a Copa do Brasil pela primeira vez. O Verdão, em busca do bi, jogará por empate, ou derrota por diferença mínima. Se o Coxa ganhar por 2 a 0, o título será decidido nos pênaltis. Antes, pelo Brasileirão, compromissos fora de casa. No domingo, os paranaenses visitam o São Paulo, às 16h (de Brasília), e os paulistas enfrentam a Ponte Preta, às 18h30m.

Dos pés de Assunção, parte 1

Não foi preciso nem um minuto de jogo para ver a estratégia de Marcelo Oliveira: adiantar a marcação do Coxa e pressionar o adversário em seu campo de defesa. Deu certo. O Palmeiras não viu a cor da bola. Ou melhor, Bruno viu. E bem de pertinho. O contra-ataque parecia infalível quando Júnior Urso deixou Marcio Araújo para trás, mas o goleiro saiu com precisão e fez a defesa. Urso ficou uma fera, assim como Everton Ribeiro, que corria livre pelo meio e não recebeu a bola. Fome de Urso…

Betinho, substituto do hospitalizado Barcos, aparecia mais quando tentava ajudar a marcação do que em lances ofensivos, mais um sinal de que alguma coisa estava fora da ordem. Os desavisados poderiam pensar que o jogo era no Couto Pereira, já que o Coritiba perdia uma chance atrás da outra. Everton Costa, o mais adiantado, foi muito bem, não perdeu um domínio de bola, abriu espaço para os companheiros e quase teve seu calção tirado pelo marcador num lance que, por incrível que pareça, o árbitro Wilton Pereira Sampaio não marcou falta. Mas Everton não é aquele centroavante com faro de gol.

As chances caíram nos pés de Willian, Gil… E Bruno, ora com sorte, ora competente, garantia o placar em branco. Placar que foi mexido depois que o árbitro resolveu marcar pênalti de Jonas em Betinho. Valdivia, que já havia sofrido a falta que originou o cruzamento e a falta dentro da área, bateu com precisão:1 a 0. Mas já era como uma goleada para o Palmeiras!

Dos pés de Assunção, parte 2

O Palmeiras melhorou a marcação no meio de campo, parou de deixar que o adversário jogasse sozinho. A entrada de Lincoln no lugar de Everton Ribeiro tornou o Coritiba mais lento. Melhor para o Verdão, que aos poucos foi fazendo da Arena Barueri o caldeirão tão sonhado por Luiz Felipe Scolari, saudoso do Palestra Itália.

Mais uma falta na intermediária fez o torcedor se levantar e arregalar os olhos. Pareciam saber que a bola terminaria na rede. Só não esperavam que graças a um toque de cabeça de Thiago Heleno. Euforia total. 2 a 0. Goleada histórica!

Com um resultado importante no primeiro jogo, o Palmeiras já começou a se preocupar com o segundo quando Valdivia recebeu o segundo cartão amarelo. Expulso, não vai jogar no Couto Pereira. Menos pior que o outro lado também terá um desfalque importante. O zagueiro Emerson, líder da defesa, levou o terceiro amarelo.

Com um a mais, Marcelo Oliveira colocou Tcheco em campo, e o Coxa melhorou. Aos 32, ele teve a chance de marcar, mas foi derrubado por Márcio Araújo. Pênalti claro, ignorado pela arbitragem.

E a melhor oportunidade foi de quem entrou com a camisa verde. Maikon Leite recebeu um presentaço de Betinho e arrancou, arrancou, driblou o goleiro Vanderlei e se desequilibrou na hora de chutar. Na hora de garantir a vitória. Na hora de, talvez, garantir o troféu para a nova sala que ficará pronta no ano que vem.

Tudo bem, Maikon. Pelo menos garantiu emoção por mais uma semana. Esperança do Coritiba de reverter o placar dentro do que costumam chamar de "inferno verde". Expectativa do Palmeiras de voltar a conquistar um título depois de quatro anos. E de poder colorir de verde uma cidade que anda preta e branca por demais.

Fonte: Globoesporte.com

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