Benedito de Lira defende diálogo entre governo e grevistas

No caso das universidades federais, os professores já estão a mais de 60 dias em greve.

Agência AlagoasBenedito de Lira defende uma ação maior do governo

Benedito de Lira defende uma ação maior do governo

O senador Benedito de Lira (PP-AL) demonstrou preocupação com os impactos causados pela greve dos servidores públicos federais, nesta segunda-feira (9/7), durante pronunciamento no Plenário. Servidores de diversas áreas, como saúde e educação, estão em greve em busca de reajustes salariais, melhores condições de trabalho e plano de carreira. No caso das universidades federais, os professores já estão a mais de 60 dias em greve.

Para o senador, Governo Federal e Congresso devem unir esforços para evitar que as paralisações prejudiquem a população. “Ora, se todos os anos as demandas são praticamente as mesmas, porque o Governo Federal não adota uma medida permanente que garanta reajustes anuais? Não podemos esperar as greves para apagar incêndio”, questionou.

Benedito de Lira acredita que é possível encontrar uma solução para atender às reivindicações dos servidores, sem comprometer a economia diante da crise mundial. Ele disse que, em sua maioria, os pedidos não são exorbitantes, e pedem apenas a aprovação de planos de carreira, reposições salariais devido à inflação, realização de concurso público e demandas por mais estrutura. “Muitas propostas estão sendo debatidas no Congresso e nós parlamentares temos que analisá-las. A situação dos servidores se agrava ano após ano com a falta de estrutura, a sobrecarga de trabalho oriunda da falta de pessoal e a defasagem dos salários em relação à inflação. Assim é mais difícil exigir qualidade nos serviços públicos se os servidores estão desestimulados”, ressaltou.

Pelo menos 26 setores estão em greve, de áreas distintas como a Fundação Nacional de Saúde, os professores e funcionários dos hospitais universitários federais; Ministérios a Polícia Rodoviária Federal; e até o Instituto de Patrimônio Histórico (Iphan), entre inúmeros outros, incluindo os Tribunais Regionais Eleitorais, o que pode afetar as eleições municipais de outubro. Além deles, professores de 55 das 59 universidades federais estão em greve desde 17 de maio, junto com trabalhadores técnico-administrativos e até as escolas técnicas.“Se todos os anos as demandas são praticamente as mesmas, por que o governo federal não adota uma medida permanente que garanta reajustes anuais? É preciso adotar uma política de Estado e não de governo para estruturar os serviços públicos”, sugeriu o senador.

Benedito de Lira registrou a iniciativa do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), relator do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2013, que incluiu dispositivo para autorizar o reajuste dos subsídios e da remuneração dos agentes públicos dos três poderes e do Ministério Público da União, um primeiro passo para garantir recursos anuais para o reajuste dos servidores públicos federais. Ele ressaltou ainda que os servidores públicos garantem o funcionamento do Estado e devem ter condições para exercer seu trabalho com eficiência, agilidade e ética.“É mais barato se antecipar e conceder reajustes gradativos do que sofrer com os prejuízos humanos e financeiros causados por estas paralisações.

E as consequências para a formação universitária e as pesquisas justamente quando precisamos de um salto tecnológico?, questionouBendito de Lira lembrou que os servidores públicos preservam o espírito da democracia. “Somente com servidores de carreira, motivados e com a consciência de sua importância para a Nação, conseguiremos alcançar o salto de qualidade que o Brasil precisa para se desenvolver, garantindo mais qualidade de vida a todos os brasileiros. Nossos mandatos são passageiros, mas são os servidores públicos que tornam o Estado forte”, finalizou

Fonte: Ascom

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