Observadores da ONU chegam a local de massacre de 220 na Síria

Incidente aumentou a pressão por sanções ao regime de Assad.

APParentes velam o que seriam os corpos de vítimas do massacre de Treimsa nesta quinta-feira (12), em vídeo divulgado pela oposição síria

Parentes velam o que seriam os corpos de vítimas do massacre de Treimsa nesta quinta-feira (12), em vídeo divulgado pela oposição síria

Uma equipe de observadores da Organização das Nações Unidas estava a caminho da vila de Tremseh, na província síria de Hama, disse neste sábado (14) uma porta-voz da ONU em Damasco, dois dias depois de ativistas relatarem que cerca de 220 pessoas foram mortas no local por um helicóptero armado e milicianos a mando do governo sírio.

"Fomos informados ontem que um cessar-fogo foi acertado em Treimsa. Então mandamos uma patrulha numa missão de reconhecimento", disse Sausan Ghosheh em um email.

A equipe já chegou ao local, segundo ativistas e fontes da ONU.

O ativista Abu Ghazi afirmou que o grupo se reuniu com habitantes e "inspecionou os locais bombardeados e os locais manchados de sangue".

O exército sírio disse ter realizado em Treimsa "uma operação de qualidade" que culminou com a "destruição de esconderijos de grupos terroristas (…), sem ter deixado nenhuma vítima civil". Já a oposição afirma que há muitos civis entre as vítimas.

Pressão sobre o regime Assad

O novo massacre provocou prostestos da comunidade internacional e aumentou a pressão sobre o Conselho de Segurança para ONU para que o órgão imponha sanções ao contestado regime do presidente Bashar al Assad.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse na sexta que um fracasso do Conselho em pressionar Assad resultaria em "uma licença para novos massacres" no país em crise.

A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse na sexta-feira em um comunicado que tudo parecia indicar que "o regime assassinou deliberadamente civis inocentes".

A revolta contra o regime de Assad, iniciada em março de 2011, já matou mais de 17 mil pessoas, em sua maioria civis, segundo a oposição.

O governo argumenta que combate "terroristas" que tentam desestabilizar o país.

Rússia e China, aliadas de Assad, barram medidas mais duras contra o regime no Conselho de Segurança.

Fonte: Do G1, com agências internacionais

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