Coren/AL cobra providências em relação à Santa Mônica

AssessoriaCoren visitou Maternidade Santa Mônica

Coren visitou Maternidade Santa Mônica

Diante da atual situação de superlotação e calamidade vivida pela Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), em Maceió, o Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (COREN-AL) realizou, na tarde desta segunda (23), uma visita ao prédio do hospital para verificar as condições de trabalho e de atendimento à população. Em breve reunião com a Gerência de Enfermagem da MESM, o Conselho prometeu buscar somar forças com as demais entidades representativas dos profissionais da saúde para cobrar ações dos órgãos competentes, como o Ministério Público.

De acordo com a presidente do COREN-AL, Lúcia Leite, o Regional entrará na luta para resolver os problemas. “Na visita, constatamos o caos em que a maternidade se encontra. O Conselho está muito preocupado com a situação. Nós estamos solidários e vamos procurar as autoridades competentes para cobrar a resolução desse quadro que vem sendo denunciado pela imprensa”, afirma.

Em ofício encaminhado a entidades de classe, a Gerência de Enfermagem da maternidade lembra que a missão da MESM é prestar assistência qualificada aos pacientes de alto risco, bem como contribuir para o ensino e pesquisa na área da saúde, mas, devido à ausência de rede para assistência obstetrícia na capital alagoana, à inexistência de maternidade pública destinada a casos de baixo risco e ao fechamento de portas de maternidades privadas, a maternidade se encontra em estado crítico, já que é obrigada, por seu caráter de emergência, a atender todos os usuários, independente da superlotação, inadequação estrutural, falta de recursos humanos, de material ou medicamentos.

Para o Conselheiro Secretário do COREN-AL, Francisco Brandão, o problema vai além da MESM. “O importante é entender como é que as outras maternidades fecham as portas e ninguém faz nada. Em situação normal, o número de profissionais na Santa Mônica já não é suficiente; numa situação dessas, imaginem como fica: As condições de trabalho são estressantes e o atendimento fica longe do ideal”, ressalta.

O Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas tem buscado cobrar o funcionamento dessas maternidades. De acordo com a Assessora Jurídica do COREN-AL, Elizandra Benjoíno, o Conselho tem diversas sentenças favoráveis contra maternidades privadas esperando que sejam cumpridas. “Por que elas não estão recebendo esses pacientes? Elas estão recebendo as verbas públicas e não estão funcionando por que? Temos sentenças que as obrigam a contratar profissionais e elas ainda não foram cumpridas”, revela. “Para resolver a situação da Santa Mônica, tem-se de resolver também a questão do atendimento nas outras maternidades. Nós temos de cobrar que o Estado faça cumprir essas sentenças, que os órgãos competentes tomem as medidas necessárias para resolver a situação”, afirma a Assessora.

Na primeira metade deste ano, o COREN-AL realizou fiscalização na maternidade e, na ocasião, também constatou um quadro preocupante. “A situação enfrentada na Santa Mônica sempre foi difícil, sempre houve uma sobrecarga de trabalho, mas não a ponto de se ter onze puérperas com onze recém-nascidos no chão. Independente de serem pacientes de baixo risco, bebês saudáveis, isso é desumano, ninguém merece começar a vida assim”, declara a enfermeira fiscal Alessandra Bezzi. “A Santa Mônica tem uma ótima equipe de profissionais, mas é impossível que essa grande demanda de usuários não reflita negativamente na assistência”, destaca.

Para Lúcia Leite, o COREN-AL não pode admitir que haja negligência na assistência à população. “Enquanto autarquia federal, o COREN-AL tem de buscar resguardar o usuário do sistema de saúde. É um período turbulento e nós temos de lutar para que a situação se resolva e que existam boas condições de trabalho e atendimento”, afirma a presidente do COREN-AL.

Fonte: Ascom Coren

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