Brasil ‘dorme’ no último quarto e perde para a França por 73 a 58

Getty ImagesErika foi a maior pontuadora da seleção brasileira

Erika foi a maior pontuadora da seleção brasileira

Os primeiros 20 minutos da jovem seleção feminina até foram animadores, mas um apagão nos últimos 10 jogou por terra a chance de o basquete brasileiro estrear com vitória nos Jogos Olímpicos de Londres. Depois de levar o jogo equilibrado até o intervalo, o Brasil parou de defender e não resistiu ao maior volume de jogo da França, que venceu por 73 a 58 (34 a 34), na estreia das duas seleções pelo Grupo B.

– Nós deixamos de jogar o nosso basquete. Pensamos que já estava ganho, mas no basquete é assim, nada está ganho até zerar o placar. Deixamos de defender direito, deixamos de ter comunicação, deixamos de ir no rebote. Hoje em dia não tem time de basquete bobo. Todo mundo sabe aproveitar os erros dos outros – afirmou Erika.

Com 23 pontos, cinco assistências e dois rebotes, a armadora francesa Celine Dumerc foi o grande nome da partida. Pelo lado brasileiro, Érika e Karla foram os destaques, com 17 e 13 pontos, respectivamente.

Com a derrota na estreia, o Brasil ocupa a quarta posição do Grupo B, já que Austrália e Grã-Bretanha ainda não estrearam. A seleção brasileira volta a jogar na segunda-feira, contra a Rússia, às 12h45m (de Brasília).

– O nosso grupo sentiu e não reagiu, mas vamos ter que assimilar isso para não repetir. É uma chave difícil, um pode ganhar do outro. Essa vitória era importante não só para brigar por uma classificação melhor, mas também para brigar por uma classificação. E iniciar com uma vitória é sempre melhor. Foi uma pena a gente ter perdido essa oportunidade já que a gente estava bem no jogo – lamentou o técnico Luis Cláudio Tarallo.

Se a ansiedade pela estreia nos Jogos Olímpicos era o primeiro obstáculo da jovem seleção feminina, o bom início de partida deu confiança às meninas brasileiras. Liderado pela pivô Érika, que anotou nove pontos nos primeiros 10 minutos, e pela experiente ala Karla, que marcou outros cinco, o Brasil dominou o quarto e venceu por 20 a 16.

Apesar das mudanças feitas pelo técnico Luis Cláudio Tarallo, a seleção voltou com a mesma intensidade para o segundo quarto. Com uma defesa individual forte e um ótimo aproveitamento ofensivo, o Brasil cresceu ainda mais na partida e chegou a abrir sete pontos de vantagem (32 a 25).

No entanto, do meio do segundo período em diante, as brasileiras não conseguiram manter o ritmo e permitiram que as francesas diminuíssem o prejuízo com duas bolas de três pontos. Com uma seleção mais rodada, a França passou a controlar a partida e só não terminou o primeiro tempo em vantagem porque a canhota Dumerc desperdiçou um lance livre nos últimos segundos e manteve o placar empatado em 34 pontos.

O Brasil voltou do intervalo com Clarissa no lugar de Damiris, mas o jogo continuava lá e cá com as duas seleções se alternando na liderança. Apesar do equilíbrio durante todo o quarto, as francesas erraram um pouco menos, e com uma defesa mais forte que a brasileira terminaram o período vencendo por apenas três pontos (52 a 49).

Se nos primeiros dez minutos a ansiedade não incomodou as brasileiras, ela parece ter aparecido no início do quarto e último período. Principalmente no setor defensivo. Melhor para a França, que abriu seis pontos num arremesso de três pontos de Dumerc.

Nem o pedido de tempo pedido pelo técnico Luis Cláudio Tarallo tranquilizou os nervos das jogadoras brasileiras, que continuaram errando demais. Com uma defesa frouxa e apresentando muitas dificuldades de pontuar, o Brasil assistiu à França vencer o último quarto por 21 a 9 e viu a primeira vitória em Londres escapar pelas mãos.

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