Presidente do Egito cancela declaração que limitava seus poderes

Decisão tinha sido determinada pelo antigo governo militar.

ReutersO presidente do Egito, Mohamed Mursi (dir.) encontra o chefe da Liga Árabe, Nabil El-Arabi, neste domingo (8)

O presidente do Egito, Mohamed Mursi (dir.) encontra o chefe da Liga Árabe, Nabil El-Arabi, neste domingo (8)

O presidente do Egito, Mohamed Mursi, ordenou a aposentadoria de dois importantes generais, entre eles o Minisro da Defesa Hussein Tantawi, que comandou o país depois da queda de Hosni Mubarak, e cancelou uma declaração constitucional que limitava os poderes presidenciais, editada em junho pelo antigo governo militar.

"O presidente decidiu anular a declaração constitucional adotada em 17 de junho pelo Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), que dirigia então o país e no qual se apropriava do poder legislativo", afirmou o porta-voz Yaser Ali em um discurso exibido pela televisão pública.

No caso dos generais aposentados, outros dois homens foram indicados para os lugares vagos.

O ministro da Defesa Tantawi, que serviu como ministro de Mubarak por 20 anos e o chefe de equipe Sami Enam eram indicados como conselheiros de Mursi. O porta-voz disse que as mudanças têm efeito imediatamente.

Também neste domingo, Mursi nomeou um vice-presidente, o juiz Mahmud Mekki, segundo a agência oficial Mena.

Este é apenas o segundo vice-presidente egípcio em 30 anos. O ex-presidente Hosni Mubarak nunca havia nomeado um vice-presidente até a revolta popular que o derrubou em fevereiro de 2011, durante a qual ele nomeou o chefe dos serviços de inteligência Omar Suleiman para o posto.

Mohamed Mursi tornou-se oficialmente o primeiro presidente islamita e civil do Egito em junho deste ano, sucedendo Hosni Mubarak, derrubado no início de 2011 por uma revolta popular sem precedentes.

A chegada ao poder de Mursi marcou uma virada na história da Irmandade Muçulmana, fundada em 1928, oficialmente proibida em 1954 e, depois, relativamente tolerada no governo Mubarak, do qual foi o principal alvo. O próprio Mursi foi preso nesse período.

Fonte: G1, com agências internacionais

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