O Hospital Universitário recebeeste mês a campanha “Inspire Respire”, cujo objetivo é divulgar a DoençaProgressiva Obstrutiva Crônica (DPOC) e ampliar o diagnóstico precoce junto àpopulação-alvo, que são pessoas acima dos 40 anos, a faixa etária na qual aprevalência da doença é maior. A campanha será realizada no dia 22,quarta-feira, das 7h30 às 12 horas, e colocará à disposição da população, gratuitamente,o exame de espirometria, utilizado para avaliar a capacidade respiratória,diagnosticando a DPOC. Segundo explica o pneumologista Fernando Guimarães,responsável pelo ambulatório de Pneumologia do Hospital Universitário, a DPOCpode ser definida como um conjunto de alterações clínicas, radiológicas,funcionais e patológicas do pulmão, que abrange a bronquite crônica, o enfisemapulmonar e a fibrose cística, de alta prevalência no país.
O maior fator de risco para a DPOC é o tabagismo, pois a doença é causada pela inalação diária de substânciasirritantes para os pulmões. “A fumaça do cigarro produz alterações gravíssimase irreversíveis no trato respiratório e na vasculatura pulmonar” informa omédico. Guimarães alerta que a DPOC já é a quinta causa de morte por doençascrônicas entre os brasileiros. A DPOC não tem cura, mas é prevenível e pode sertratada de forma eficaz, especialmente quando diagnosticada precocemente.
A campanha Inspire Respire é umainiciativa da Sociedade Alagoana de Doenças do Tórax, patrocinada pela empresafarmacêutica Novartis. Foi lançada em 2012, em Brasília, e desde então jápercorreu diversas cidades, chegando a Maceió com a parceria do HospitalUniversitário. Para participar, o cidadão acima de 40 anos (fumante e nãofumante) deve levar documento de identificação.
Fernando Guimarães enfatiza que,nesta campanha, os casos positivos de DPOC, indicados através do exame deespirometria, serão encaminhados para tratamento no próprio hospital, que é areferência da rede pública de saúde no Estado para o tratamento da doença.
Os sintomas da DPOC, de acordocom material didático da Novartis que será distribuído ao público, progridemsuavemente. No início, a pessoa sente dificuldades para realizar atividades queexigem grandes esforços, principalmente com os braços. Com a progressão dadoença, fica difícil desempenhar tarefas mais leves, como caminhar, até que asfunções básicas do cotidiano se tornam extremamente cansativas, como tomarbanho, secar os cabelos ou fazer a barba. Nessa fase, o portador de DPOC perdesua independência. Outro sintoma da doença é a tosse persistente com catarro,principalmente pela manhã.
