Flu abre 2 a 0 no 2º tempo, recua e é castigado com empate

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O Fluminense teve o jogo deste sábado nas mãos ao abrir 2 a 0 nos primeiros sete minutos do segundo tempo no Orlando Scarpelli. No entanto, o Figueirense aproveitou o recuo do adversário e dominou os últimos 25 minutos, conseguindo o empate por 2 a 2. A igualdade no placar impede os cariocas de dormirem na liderança do Campeonato Brasileiro: somam 44 pontos, assim como o Atlético-MG, que tem uma vitória a mais e dois jogos a menos (um deles neste domingo, contra o Corinthians). E os catarinenses permanecem na lanterna, com 15.

Os gols tricolores foram marcados por Digão, substituto de Gum, e Rafael Sobis, que entrou no lugar de Thiago Neves. Os alvinegros foram de Aloísio – seu quinto em três jogos – e João Paulo, numa bela cobrança de falta.
Os visitantes tiveram a chance de conseguir a vitória numa falta batida da entrada da área, já nos acréscimos. Mas o chute de Jean bateu no travessão e em seguida na trave.

– Pagamos pelo que fizemos depois dos 15 ou 20 minutos do segundo tempo. Caímos, e isso não pode acontecer. Tomar dois gols de bobeira é complicado. Não acabou, estamos buscando a liderança – afirmou o volante.

Os catarinenses ainda podem reclamar de um impedimento mal marcado – num lance difícil – em um gol de Aloísio, quando o placar apontava 2 a 1.

– A situação é difícil. Tomamos gol muito rápido, fizemos um gol, e não sei se estava impedido. Mas o que vale é o poder de reação da equipe – avaliou Helder.

A renda somou R$ 195.770, com 8.943 pagantes (9.266 presentes). Na 22ª rodada, o Fluminense receberá o Santos, na quinta-feira, às 21h (de Brasília), no Engenhão. No dia anterior, às 22h, o Figueira jogará novamente em casa contra o Corinthians.

Uma bola na trave de cada lado

Em situação desesperadora no campeonato e jogando em casa, o Figueirense do técnico Marcio Goiano – que fazia sua estreia – não tinha outra alternativa que não jogar ofensivamente. Mas quase não usou o lado direito do seu ataque. O Fluminense voltou a jogar dentro da estratégia do aniversariante Abel Braga (60 anos): primeiro defender, depois atacar. Mas no setor defensivo apresentava um perigoso buraco entre o meio e a zaga, por onde o adversário ora tentou entrar na área com toques, mas falhando sempre no último passe, ora chutando de fora da área, alternativa que se mostrou mais perigosa.
E foi arriscando de fora que o time da casa teve boas chances com Fernandes, aos oito minutos, e num forte chute de Helder, que Cavalieri defendeu bem, aos 41. Além disso, ameaçou abrir o marcador com Aloísio, aos 17; numa cabeçada de Túlio, após chutão do goleiro do Flu para afastar a bola de sua área, aos 21; e numa bola que bateu na trave esquerda de Cavalieri após Aloísio cruzar da esquerda e Jean só resvalar na bola ao tentar afastar o perigo, aos 34.

Quando ia à frente, o Tricolor mostrava claramente que tem mais qualidade e variação de jogadas do que o time catarinense. E teve ótimas oportunidades de marcar, com Wellington Nem, sua melhor opção ofensiva, aos três; Sobis, aos 12; Carlinhos, que diante de Wilson resolveu dar a bola para um companheiro e errou o passe; e a mais clara, aos 30, em chute de Samuel que bateu na trave direita do goleiro do Figueirense. O Tricolor ainda teve um pênalti não marcado pelo árbitro Ricardo Marques Ribeiro de Jackson em Carlinhos, aos 17.

Flu marca dois gols no início, e Figueira busca empate

O bombardeio aéreo tricolor, que na primeira etapa quase não havia sido utilizado, foi fatal logo com um minuto do segundo tempo. Wagner cobrou escanteio pelo lado direito, Samuel resvalou de cabeça no primeiro pau, e Digão, solto no lado oposto, só empurrou a bola para a rede, também com uma cabeçada. Foi o 16º gol do Flu originado de bola parada, o décimo de cabeça. A vantagem não acomodou a equipe carioca, que passou a dominar o adversário e chegou ao segundo aos sete minutos: Bruno, ex-Figueira, fez boa jogada avançando da direita para o meio e serviu Sobis, que chutou forte, rasteiro, no canto esquerdo de Wilson.

Para tentar fazer o Figueirense voltar a ser tão ofensivo como no primeiro tempo, Márcio Goiano tirou o volante Claudinei e pôs o meia-atacante Almir, ex-Botafogo. Embora o aspecto emocional tenha prejudicado um pouco a equipe catarinense, a princípio, o Flu se contentou em tentar manter o resultado, deu campo para o time catarinense e acabou castigado. Aloísio, em bela cabeçada que tocou na trave esquerda de Cavalieri antes de entrar, diminuiu para o Figueirense, aos 22 – um minuto após Abel tirar Nem e colocar Diguinho, com a clara intenção de reforçar a marcação no meio de campo.

O jogo, então, mudou. A equipe da casa pressionou em busca do empate, e os visitantes ficaram acuados, sem a força ofensiva do início e sem a opção de velocidade com Nem. E aí o Tricolor, que tinha a partida nas mãos, contou com milagres de Cavalieri e uma decisão polêmica da arbitragem antes de levar o empate. Aos 33, ele pegou duas bolas seguidas, em chutes de Aloísio e Almir. No rebote, Aloísio completou para o gol, mas foi marcado impedimento. No entanto, o Figueirense tanto martelou que chegou ao empate, aos 41, em bonita cobrança de falta de João Paulo, colocando a bola no canto esquerdo do goleiro tricolor, que ficou parado, sem nada fazer.

O time catarinense ganhou ânimo extra e passou a lutar pela virada. Porém, num contra-ataque do Flu, João Paulo derrubou Samuel na meia-lua e deu uma grande chance para o adversário desempatar. Na cobrança feita por Jean, a bola tocou no travessão e na trave esquerda de Wilson, deixando Abel angustiado no lado de fora do campo. Aloísio ainda teve uma ótima chance, mas demorou a arrematar e foi desarmado por Leandro Euzébio. E com essas fortes emoções o jogo acabou mesmo empatado em 2 a 2.

Fonte: Globo.com

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