Guarani perde Fumagalli, mas vira nos acréscimos e derrota o Joinville

Globo.comGuarani x JEC

Guarani x JEC

O Guarani arrancou na base da superação uma virada que nem mesmo os mais otimistas dos bugrinos que compareceram ao Brinco de Ouro nesta noite esperavam. Sem Fumagalli, machucado aos 26 minutos do primeiro tempo, e em desvantagem no placar contra a (então) melhor defesa da Série B, o Bugre garantiu a vitória por 2 a 1 sobre o Joinville com uma cobrança de pênalti aos 46 minutos, convertida por Júnior Negão. A partida abriu a 22ª rodada da competição.

A primeira etapa foi muito mais tricolor do que alviverde. A começar pelo lance do gol, em que Ricardinho contou com um desvio da defesa adversária para balançar as redes de Emerson. Depois, no acontecimento que chamou tanto a atenção quanto o resultado: a lesão de Fumagalli, em sua primeira partida como titular desde a semifinal do Paulista, em 29 de abril.

O Guarani reverteu o domínio no final. Depois de passar sustos, com as chances perdidas cara a cara por Marcinho e Lima, o time campineiro se recompôs e empatou com Rafinha, aos 36 minutos. Dez minutos depois, um pênalti batido por Júnior Negão fechou com chave de ouro a vitória alviverde, que garante a quinta partida invicta da equipe no Brasileiro.

Com a vitória, o Guarani alcança os 31 pontos e ganha mais moral no caminho rumo ao G-4. Além de somar pontos importantes na briga pelo acesso, o Bugre impede que um adversário direto abra vantagem. Sem perder no returno, o Joinville se mantém agora com 38 pontos, deixa de ultrapassar o Goiás e vê Atlético-PR e São Caetano se aproximarem.

Os times voltam a campo pela 23ª rodada no final desta semana. O Guarani entra em campo na sexta, contra o Ceará, às 19h30, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Já o Joinville retorna à sua Arena no sábado, às 16h, contra o Avaí, em Joinville.

Gol no início e lesão de Fumagalli ajudam o Joinville

Cheio de otimismo pela escalação de Fumagalli desde o início, o Guarani tomou um balde de água fria logo no primeiro ataque do Joinville. Postado para aproveitar os espaços da defesa bugrina, o time catarinense fez mais do que isso e, aos sete minutos, já vencia a partida. Após cruzamento de Jailton, Ricardinho pegou a sobra e bateu forte de pé direito. A bola desviou na zaga e enganou Emerson, que pulou para o canto esquerdo, mas viu o chute entrar no lado oposto.

Mais do que satisfeito pelo resultado, o Joinville travou todo o ataque do Guarani nos minutos que restaram no primeiro tempo. As únicas chances apareceram em pés pouco acostumados aos gols, como os de Jackson. Em um raro momento de liberdade, o volante arriscou a finalização aos 15 minutos, mas sequer acertou a meta de Ivan.

A preocupante situação do Bugre ficou ainda pior aos 19. Fumagalli dividiu bola com o zagueiro e chocou violentamente o quadril com o gramado. O meia foi atendido pelos médicos e tentou voltar ao jogo, mas não conseguiu – ele reclamou de dificuldade para respirar. Sem o camisa 10, Vadão decidiu colocar Júnior Negão. Mas nem com três atacantes o Guarani conseguiu quebrar a barreira do Joinville.

Em um esquema bem armado pelo técnico Leandro Campos, o time catarinense anulou as principais opções ofensivas do adversário. Gilton barrou as subidas de Oziel, Leandro Carvalho e Glaydson travaram os passes de Danilo Sacramento, o que impediu que a bola chegasse à dupla de ataque. O primeiro tempo foi todo do Joinville.

Pênalti no fim garante virada emocionante ao Guarani

O que mudou para o segundo tempo foi a disposição do Guarani. Após bronca de Vadão no intervalo, o time criou duas excelentes chances em menos de dez minutos – mas perdeu ambas. Aos sete, Rafael Oliveira acertou a trave direita. Na sequência, Júnior Negão fintou Gilton e bateu cruzado. Ivan rebateu e, no rebote, Negão perdeu novamente, ao bater em cima do goleiro.

O Bugre foi mais incisivo na etapa final. Sempre com jogadas pelas laterais, o time levou perigo à defesa catarinense em bolas alçadas na área ou arrancadas de velocidade com Oziel e Rafael Oliveira. Mas demorou para empatar e deu chance ao Joinville de acertar a marcação e impedir que Ivan fosse vazado pela 18ª vez.

No contra-ataque, os catarinenses ainda perderam a principal chance do segundo tempo. Sem marcação, Marcinho arrancou por 20 metros até chegar frente a frente com Emerson. Na hora do chute, demorou para escolher o canto e colaborou com o goleiro bugrino, que, com a ponta dos dedos da mão direita, salvou o Guarani de levar o segundo.

Foi a única oportunidade perigosa do JEC no segundo tempo. O Guarani, sempre presente ao ataque, deu trabalho a Ivan com Rodrigo Arroz, em chute colocado de dentro da área, e ficou ainda mais ofensivo com as entradas de Rafinha (improvisado na lateral) e Ronaldo, o que deixou o Bugre com quatro atacantes. Era muita gente para fazer gol, mas o empate não saiu de nenhum deles.

Atuando como lateral, Rafinha voltou à posição de origem para deixar o placar igual em Campinas. O meia rolou na entrada da área para Júnior Negão, que fez o papel de pivô. De primeira, Rafinha bateu forte no canto direito de Ivan e colocou fogo na partida.

O Joinville ainda teve a chance de sair com a vitória logo em seguida, mas Lima, cara a cara com Emerson, preferiu o drible ao chute e perdeu a jogada. O castigo foi duro: na ida para o ataque, o Guarani conseguiu o pênalti que tanto a torcida reclamava. Júnior Negão assumiu a responsabilidade, bateu no canto direito e recolocou de vez o time na briga pelo acesso.

Fonte: Globo.com

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