Tarek al-Hashemi foi acusado pela morte de uma advogada e do general Talib Belasim
A justiça iraquiana condenou neste domingo à morte o vice-presidente Tarek al-Hashemi, um dos principais dirigentes sunitas do país, pela morte de uma advogada e um general. O secretário de Hashemi, que também é seu genro, recebeu a mesma sentença. Tarek al-Hashemi está refugiado na Turquia.
Hashemi, julgado à revelia, é alvo de 150 acusações. Outros integrantes de seu gabinete são apontados como cúmplices no assassinato de seis juízes e vários dirigentes de órgãos estatais, entre eles o diretor-geral do ministério da Segurança Nacional. Mas foram os assassinatos da advogada e do general Talib Belasim que levaram al-Hashemi e seu secretário pessoal à sentença de morte.
"As provas apresentadas à corte contra Tarek al Hashemi e seu secretário Ahmed Qahtan bastam para condená-los pelos dois assassinatos", disse o presidente do tribunal ao ler a sentença. "A corte os condena à morte na forca."
Hashemi afirma que o processo judicial tem finalidade política, por causa do conflito entre o bloco Iraqiya, ao qual pertence, dominado por sunitas, e o primeiro-ministro, o xiita Nuri al Maliki, a quem acusa de autoritarismo. Hashemi se refugiou em abril na Turquia, que se nega a extraditá-lo.
