O prefeito Cícero Almeida (PSD) adotou um tom ‘melancólico’ durante entrevista à Rádio Joven Pan, na manhã desta sexta, dia 21, para avaliar o seu posicionamento na corrida eleitoral que visa à sua sucessão no comando do executivo municipal. Segundo Almeida, se ele tivesse mantido uma postura ‘neutra’ não teria dado a cara para bater e não estaria em exposição.
Cícero Almeida, que é apontado como principal cabo eleitoral da chapa encabeçada pelo ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e que conta com o ex-secretário de Infraestrutura do município como vice, Mosart Amaral, disse que apenas tomou essa postura por acreditar possuir o candidato ideal para Maceió, numa alusão à Amaral.
Almeida não quis polemizar sobre as questões jurídicas que envolvem a candidatura de Lessa, afirmando que nunca teve convivência com Ronaldo para saber se ele errou ou não, mas voltou a defender a própria popularidade e atribuiu à Justiça Eleitoral a possibilidade de transferência de votos, em caso de impedimento de Lessa.
O prefeito se mostrou incomodado com os ataques da candidata Nadja Baía (PPS) no guia eleitoral. Segundo ele (Almeida) o partido não ‘tem moral’ para acioná-lo na Justiça e Nadja é uma candidata de quem nunca se ouviu falar.
Demonstrando sua eterna/recente mágoa pelo senador Benedito de Lira (PP) e com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), Almeida disse reconhecer que Biu o ajudou muito, “mas cada um tem que defender o seu pão”. Ele classificou a entrevista como um “desabafo” e disse que vem apanhando sem merecer, já que ninguém o defende. “Não tinha nem tenho senador ou governador no meu partido na minha defesa”, sustentou.
Almeida ainda defendeu a o senador Renan Calheiros (PMDB), a quem classificou como ‘homem de palavra’. E encerrou a entrevista dizendo que não abre mão do que vem desenvolvendo e que se não for Ronaldo (Lessa) quer entregar a cidade perfeita para o próximo prefeito.
