Governador busca recursos para amenizar efeitos da seca

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O governador Teotonio Vilela cumpriu agenda em Brasília, nesta quarta-feira (17), em busca de recursos para minimizar os efeitos da seca nos municípios do Sertão alagoano. Ele esteve no Ministério da Integração Nacional e na Codevasf, onde assegurou R$ 14 milhões para sistemas de fornecimento de água e R$ 3 milhões para construção de barreiros. No total, serão liberados R$ 32 milhões para 2012/2013, quando será concluída essa etapa de ações.

O governador afirmou que até o final de 2014, haverá uma cisterna em cada casa da região de caatinga. “Nós vamos fazer isso com a parceria da Codevasf e várias outras instituições,” comentou.

Teotonio Vilela destacou ainda a construção de barreiros e pequenas barragens em áreas do Semiárido onde houver condições para implantação. “Estão previstos 200 barreiros para que, quando chover, o sertanejo tenha condições de ter água acumulada e várias outras ações no sentido de criar uma condição mais digna de convivência do homem com a seca”, ressaltou o governador.

No Ministério da Integração, o governador destacou as obras do Canal do Sertão. “Tratamos de detalhes para a inauguração das duas etapas do Canal do Sertão em dezembro, quando pretendemos levar à presidenta Dilma, que se comprometeu a ir. E tratamos também do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] Seca, que contemplou Alagoas com o complemento da adutora da Bacia Leiteira. Importantíssima, pois irá garantir a água para toda a Bacia Leiteira nos próximos 20 anos. Já está aprovado, e vamos assinar o convênio com o Ministério da Integração, assim como também da adutora do Piau, Olho D’Agua do Casado e outra de Igaci. Isso vai ter uma importância muito grande na vida das pessoas”, explicou Teotonio Vilela.

Produtividade rural
O secretário da Agricultura, José Marinho, informou e que a reunião na Codevasf discutiu a seca sob a ótica do produtor. “Discutimos algumas formatações de parcerias visando a ampliação da oferta de água para os produtores por meio de sistemas de produção de 60 mil litros de água”, explicou.

Marinho informou que também foi discutida a implantação de barragens subterrâneas e a construção de pequenas barragens que serão construídas ao longo de riachos que irão acumular um grande volume de água. Além disso, há uma política com relação à Codevasf para aquisição de kits de irrigação que consumam o mínimo de água possível.

“Seria uma irrigação de gotejamento para implantarmos junto a alguns poços artesianos que nós venhamos a perfurar, bem como a recuperação de nascentes, inclusive no Semiárido, nos municípios de Àgua Branca, Pariconha, Mata Grande, Palmeira dos Índios e ao longo da bacia do Rio Coruripe”, enfatizou.

O sistema de irrigação vai permitir ao produtor ampliar a sua produção com o mínimo de consumo de água possível.

Melhoramento da palma forrageira
Durante o encontro na Codevasf, também foi abordada a construção de uma biofábrica, que é uma estufa moderna com laboratório para a plantação da palma forrageira. Importantíssima para o produtor do Sertão e do Semiárido. “É a base de alimentação da pecuária de leite, de ovinos e caprinos do nosso sertão”, frisou Marinho. “A biofábrica permitirá uma multiplicação mais rápida da palma e também da semente de sorgo, leucena e outras leguminosas adaptadas às condições do Sertão”, explica.

A Secretaria da Agricultura e a Codevasf irão em ação conjunta ampliar essa parceria quer irá permitir melhor convivência com a seca. “Vai possibilitar a convivência com a seca, utilizando material genético no processo alimentar que seja adaptado às condições climáticas no nosso Semiárido”, afirma.

A maioria das ações pactuadas, segundo o secretário da Agricultura, são estruturantes e de caráter permanente, melhorando o convívio do sertanejo com a seca. Está prevista a construção de barragens subterrâneas, barragens de pequeno porte e poços artesianos, além da recuperação de nascentes, que são medidas de longo e médio prazos. “Trata-se de uma condição de permanência do sertanejo, produzindo com dignidade dentro da sua região”, ressaltou.
O secretário destacou que na Codevasf estão assegurados R$ 6 milhões que serão aplicados junto com o BNDES. No Ministério do Desenvolvimento Social, há R$ 43 milhões disponíveis para investimento na construção do sistema de primeira água e de segunda água e em barragens subterrâneas.

Outros projetos direcionados ao Canal do Sertão também são buscados. “Estamos levando outras propostas, como o projeto de irrigação para o Canal do Sertão. É uma área de 140 hectares onde a ideia é assentarmos 10 pequenos produtores com toda a condição de irrigação com produtividade em pleno Sertão de Alagoas. Esse é o maior projeto em desenvolvimento com a Codevasf.

O secretário Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Napoleão Casado, disse que, com a Codevasf, estão assegurados mais de sete mil sistemas neste ano de 2012. Destes, 40% estão concluídos, e em 2013, serão 16 mil sistemas na região de atuação da Codevasf.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, anunciou que o Estado de Alagoas foi contemplado com duas máquinas perfuratrizes de poços. “Isso vai acelerar a perfuração. Já existe um programa do âmbito do Água para Todos do Ministério da Integração”, afirmou Napoleão Casado.

Napoleão destacou que Alagoas também foi contemplado com 276 sistemas de fornecimento de água. São eles: perfuração de poços, tratamento com dessalinizadores e cuidado ambiental com os rejeitos.

Manutenção preventiva
O secretário Napoleão Casado destacou a preocupação com a manutenção dos equipamentos. “Nós vamos ter um crescimento grande de equipamentos como bombas e dessalinizadores. E estamos envolvidos em fazer um programa de manutenção preventiva para garantir a longevidade desses equipamentos,” explicou. “O objetivo é não correr risco de atender o emergencial e daqui um ano você não ter esse poços em funcionamento por falta de manutenção”, resumiu Napoleão.

O foco é diminuir os efeitos da seca e desenvolver os instrumentos para garantir a funcionalidade das ações implantadas. “A preocupação no Ministério da Integração é o que nós podemos fazer hoje, para que possamos fornecer mais água para a região do Semiárido. O que queremos é acelerar as ações porque o período mais grave está para acontecer. Ou seja, a cada dia que passa, aumenta a gravidade com os efeitos da estiagem”, acentuou.

O secretário informou que a previsão é de que sejam liberados R$ 32 milhões do Ministério da Integração para a execução das obras previstas para este ano e o próximo. “A determinação do governador Teotonio Vilela é arregaçaras as mangas e trabalhar para que a gente faça o mais rápido. Sair dos gabinetes e ir para o campo para, assim podermos acelerar as ações necessárias ao combate aos efeitos da estiagem”, afirmou Napoleão.

Fonte: Agência Alagoas

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