Caso Douglas: juiz realiza oitivas e diz que há fatos novos

Priscylla Régia/Alagoas24HorasAdvogados tentam esconder os acusados

Advogados tentam esconder os acusados

O juiz Geraldo Amorim, titular da 9ª Vara Criminal da Capital, voltou a ouvir nesta segunda-feira, 29, no Fórum do Barro Duro, acusados e testemunhas no assassinato universitário Douglas Vasconcelos, de 21 anos, morto em 2007 depois de ter sido dado como desaparecido. Segundo o magistrado, as testemunhas e acusados estão sendo ouvidos novamente porque surgiram fatos novos no caso, que por enquanto, serão mantidos em sigilo.

Além das testemunhas que já prestaram depoimento no início do processo, o juiz vai tomar o depoimento da psicóloga do estudante, que o acompanhou durante o processo para cirurgia de redução de estômago.

Questionado sobre a demora na conclusão do processo, o juiz justificou que a demanda era muito grande e que, além disso, teria se afastado por 14 meses para tratamento de saúde. Amorim explicou que após as oitivas, as partes deverão se posicionar sobre o caso e somente depois irá decidir se os acusados irão a júri popular.

O Ministério Público Estadual, baseado nas informações da família, afirmou que Douglas Vasconcelos mantinha um relacionamento com José Carlos Júnior, que chegou a ser preso como um dos acusados de matar o estudante. Também é acusado no caso o primo de Junior,Clebson Luciano da Silva, que teria ajudado no crime.

Em entrevista ao Alagoas24Horas, o advogado dos acusados, Welton Roberto, disse que vai trabalhar com negativa de autoria, já que Júnior nega qualquer tipo de envolvimento amoroso com a vítima e teria provado isso através da quebra dos sigilos telefônico e de internet.

“Não existem provas contra Júnior. Ele admite que a vítima teve uma paixão platônica pelo Júnior, mas não houve relacionamento, eles apenas estudaram juntos”, disse o advogado, acrescentando que até uma suposta carta que apareceu durante o processo foi considerada falsa após perícia.

De acordo com informações do advogado da família, Raimundo Palmeira, a psicóloga – em seu depoimento – teria dito que Douglas mencionou um relacionamento com um homem, mas não revelou o nome.

"Douglas foi assistido pela psicóloga depois da cirurgia bariátrica. Ao juiz, ela contou que Douglas disse ter tentado suicídio para chamar a atenção de um companheiro, mas não disse quem era. Há grande possibilidade do réu está envolvido", informou o advogado.

A família também acredita que os acusados irão a julgamento. "A expectativa da família é que seja feita justiça. Já se passaram cinco anos e esperamos que tudo dê certo e o julgamento aconteça", disse a mãe de Douglas, Gracileide Vasconcelos.

Douglas desapareceu após um show da cantora baiana Ivete Sangalo, no bairro de Jaraguá, em Maceió e seu corpo foi encontrado após mais de 20 dias.

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