PC apresenta integrantes de quadrilha que invadiu GPM de Roteiro

Railton Teixeira/Alagoas24Horas

Robson Marques da Silva, 19 anos

Quatro pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira, 1º de novembro, durante uma operação do Núcleo de Inteligência (NI), do Tático Integrado de Resgates Especiais (Tigre) com o apoio da delegacia Regional de São Miguel dos Campos (6ª DRP), acusadas na invasão ao GPM (Grupamento da Polícia Militar), no município de Roteiro, de onde levaram armas dos policiais, na última segunda-feira (29).

Os detalhes sobre a prisão dos acusados foram divulgados nesta tarde, durante entrevista coletiva na Delegacia Geral de Polícia Civil, em jacarecica. Segundo a diretora da Deic (Divisão Especial de Investigações e Capturas), Ana Luiza Nogueira, a quadrilha vinha sendo monitorada desde o assalto, por isso, a rapidez na prisão dos acusados.

Durante a operação foram presos: Sérgio Batista Santos, 29 anos e o irmão Jonas Batista Santos, 19 anos, ambos residentes em São Miguel dos Campos; Robson Marques da Silva, 19 anos, residente em Roteiro e Erivan da Silva Rodrigues, 22 anos, residente em Capela, que – segundo a delegada – teria atirado contra o próprio pé e precisou ser encaminhado ao Hospital Geral do Estado.

Ana Luíza conta ainda que duas pessoas conseguiram fugir: Eyder Monteiro de Toledo, 23 anos, conhecido como ‘Nêgo da Barra’, foragido do sistema prisional de Arapiraca, onde cumpria pena por assassinato; e Jason de Oliveira Barbosa, natural de Maraial em Pernambuco.

Provas

Para a diretora da DEIC não há dúvidas sobre a participação dos acusados na invasão ao GPM. A primeira prova seria o reconhecimento de testemunhas. “Os acusados foram reconhecidos pelo proprietário do veículo Punto, que havia sido roubado e usado pelo bando para realizar a ação criminosa em Roteiro. Além disso, a polícia encontrou na residência dos irmãos, Sérgio e Jonas, o celular do policial civil que foi rendido pela quadrilha”, disse Nogueira.

Ainda durante a coletiva, acompanhada pelo delegado-Geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira e dos delegados Flávio Saraiva e Robervaldo Davino, foram apresentados os materiais apreendidos na operação: um revólver calibre 38 com uma munição deflagrada e uma arma caseira adaptada para “12”. Já as armas roubadas do GPM (um 38, uma .40, e três coletes), não foram localizadas.

Questionada se os bandidos estariam invadindo os grupamentos policiais e delegacias para desmoralizar e provocar a polícia, Nogueira descartou. Para a delegada, o alvo das quadrilhas são os equipamentos das polícias, a exemplo de armas e coletes. A delegada também descartou o envolvimento de policiais do caso.

Quadrilhas

A delegada disse à imprensa que esse tipo de quadrilha, que vem atuando em Alagoas, não tem a figura do líder. Eles se juntam, planejam os ataques e realizam. Ela acredita que os integrantes que conseguem fugir do cerco policial, acabam se unindo a outras quadrilhas com o mesmo perfil.

A delegada não confirmou, no entanto, se os envolvidos também estão ligados a quadrilhas de roubo a bancos, nem tampouco suas ramificações. “Nossa grande preocupação é que esses grupos voltem a atacar os GPMs”, concluiu.

Para o delegado Paulo Cerqueira, uma das soluções para coibir a ação dessas quadrilhas é o aumento da pena para quem pratica esse tipo de crime. Ele ressaltou a redução no número de sequestros no país a partir da aplicação de penas mais duras.

O Alagoas24Horas tentou conversar com os acusados, mas se limitaram a dizer que não possuem nenhum envolvimento no caso.