Joinville vence clássico regional e tira chance do Criciúma voltar à liderança

Fernando Ribeiro / Ag. EstadoAssim como no jogo em Joinville, JEC vence o Tigre por 3 a 1

Assim como no jogo em Joinville, JEC vence o Tigre por 3 a 1

Vai continuar faltando pouco para o Criciúma voltar à primeira divisão nacional, como em 2003. A chance de retomar a liderança, essa passou. A frustração do tamanho do Heriberto Hülse foi pelo resultado dentro de casa. O time do sul de Santa Catarina perdeu para o arquirrival Joinville, por 3 a 2, na tarde deste sábado. Resultado que deixou o Tigre catarinense ainda na segunda posição, com 68 pontos – cinco do quinto colcado. Mas o Joinville saiu triunfante na partida e ainda com alguma esperança de chegar ao G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro.

Após o último apito de Sandro Meira Ricci, foi decretado uma celeuma que se cria em Criciúma. Apesar do apoio maciço e precisar de pouco para chegar à Série A, o time não consegue vencer em seu estádio nesta reta final. O Joinville construiu o placar na base da velocidade e oportunismo. Foram assim os gols de Glaydson, William e Marcinho. Quando o último marcou o terceiro joinvilense, fez com que muitos torcedores deixassem o estádio. O Criciúma até chegou a reagir, com o 26º gol de Zé Carlos na Série B. Mas desta vez, a mudança no placar não ocorreu depois dos 45 minutos do segundo tempo.

Revigorado com o resultado fora de casa, o Joinville não joga a toalha e segue na briga pelo acesso. Segue a nove pontos do quarto colocado, Atlético-PR. Para tentar diminuir, espera contar com a força da Arena Joinville no confronto diante do Guaratinguetá, às 19h30m de terça-feira. Mesma data e horário para outra cartada do Criciúma para assegurar o acesso. O próximo rival é o São Caetano, que também tem o mesmo objetivo nesta Série B do Brasileirão.

Na velocidade, visitantes saem na frente

Com o apoio de um Heriberto Hülse quase lotado e maioria dos 17.032 torcedores, o Criciúma só poderia ter começado em cima. O primeiro arremate ao gol foi de Marlon. A falta no bico direito da grande área passou perto e sobre o travessão. Mas o Joinville não estava apenas para se defender e tinha na velocidade a arma de revide. Foi assim que aos 12 minutos Marcinho foi no fundo da lateral esquerda e mandou para o meio da área. A defesa afastou, mas a bola sobrou para Glaydson, quase na marca penal. Ele bateu de direita e contou com um desvio em Ozéia para tirar o goleiro Douglas Leite da jogada e a bola passar pela última linha antes de balançar as redes. Visitantes na frente.

Os donos da casa não quiseram demorar em responder. Aos 17, Lins chutou rasteiro para o gol. Ivan caiu no canto direito e triscou a bola para que saísse pela linha de fundo. Cinco minutos depois, por pouco o Joinville não aumenta. Marcinho e William trocaram passes até chegar na área. Porém, quando William iria finalizar, caiu no chão e Ozéia saiu jogando. Neste momento, era o JEC que ganhava terreno, diante do nervosismo do Tigre. A parada técnica para a hidratação dos jogadores poderia esfriar os ânimos tricolores do norte de Santa Catarina. Pareceu que o efeito seria imediato. Aos 33, Valber saiu na cara de Ivan após enfiada de Zé Carlos. O goleiro chegou antes do arremate.

Clássico também tem uma pitada de nervosismo. Eis o sentimento que explica a ´troca de gentilezas’ entre Marlon e Jaílton, após chegada forte do meia do JEC. Sandro Mera Ricci estava em cima e não titubeou: uma expulsão para cada lado. O Criciúma tinha que mudar o panorama e também o placar. Por isso, voltou do intervalo com o meia André Gava no lugar de Giovanni Augusto. Era preciso pressionar. O Tigre começou em cima e logo aos quatro ficou muito perto do empate. O tiro de Lins explodiu no poste direito de Ivan, que não viu a bola passar atrás dele. Mas teve tempo de se recompor e evitar que Zé Carlos marcasse no rebote.

JEC vence novamente o Tigre na Série B
O Joinville manteve firme na proposta inicial, de chegar em velocidade no ataque. Foi assim que aos nove minutos, Marcinho foi no fundo e botou na pinta para Lima. O goleador errou a cabeçada. Quem não errou, logo depois foi Lins. André Gava fez a cobrança de escanteio ir no segundo poste. Predestinado, o camisa 11 estava lá para conferir. Cabeça na bola, ela na rede, empate no placar e torcida com gás refeito para gritar pelo time da casa. Três minutos depois, aos 14, Itaqui bateu falta venenosa no canto esquerdo de Ivan, que se esticou para defender. Mas o torcedor amarelo, preto e branco tomou uma ducha gelada não muito depois. William, atacante improvisado na lateral, saiu da esquerda, foi passando por todo mundo, deixou Matheus Ferraz para traz antes de fuzilar. O Joinville retomava a vantagem aos 22.

A última cartada do Criciúma para reverter o estrago foi o atacante Valdo. Ele entrou em campo para fazer a sua primeira partida na Série B do Campeonato Brasileiro, depois de uma lesão no púbis desde o segundo turno do Campeonato Catarinense. Mas o problema maior do Tigre era a defesa. Eduardo desceu pela direita e botou na marca penal para Marcinho bater e aumentar a conta.

O Criciúma parecia fadado a terminar a partida com derrota por dois gols de diferença. Mas a arbitragem marcou o primeiro pênalti a favor do Tigre em toda a Série B. Chance única que não poderia ser desperdiçada. Por isso, o homem de muitos gols foi incumbido de bater. Tranquilo, colocou no canto esquerdo e reacendeu as chances do seu time. Folego extra com marca histórica. O tento deu a Zé do Gol a marca histórica de ser o maior artilheiro da Segundona. Mas não seria suficiente para o time chegar a igualdade. A chance de praticamente segurar o posto na primeira divisão foi empurrada para a terça-feira, contra o São Caetano.

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