Major do CB é condenado a mais de três anos de prisão por peculato

Railton Teixeira/Alagoas24horasJulgamento de oficiais do CB aconteceu no Fórum do Barro Duro

Julgamento de oficiais do CB aconteceu no Fórum do Barro Duro

Terminou no início da noite desta quarta-feira, 7, o julgamento dos três oficiais do Corpo de Bombeiros Militar, acusados pelos crimes de peculato (furto de bens públicos no exercício do cargo público) e desrespeito a superior, cujo processo estava tramitando na 13ª Vara Criminal da Capital. O caso emblemático foi considerado maior escândalo da corporação em Alagoas.

Após um dia inteiro de julgamento, o juiz José Cavalcante Manso Neto deu a sentença. O major Renivaldo de Lima Barbosa foi condenado a 3 anos e 9 meses de reclusão em regime semiaberto pelo crime de peculato; o major Roberto Estevão dos Santos, foi condenado a três meses de reclusão por desrespeito à superior, já o terceiro réu no processo, tenente Ederaldo dos Santos Gomes foi inocentado dos crimes.

Após o julgamento, o assessor do magistrado informou à imprensa que cabe recurso à sentença e justificou que o juiz não poderia se pronunciar porque iria participar de outro julgamento.

Quanto ao coronel Josivaldo Feliciano de Almeida, o assessor do juiz explicou que não chegou a ser indiciado por prevaricação.

Entenda

Os militares foram denunciados por roubar 156 pares de sandálias doadas pela Alpargatas para as vítimas da enxurrada que atingiu Alagoas e deixou milhares de desabrigados, além de dezenas de mortos. Os donativos, que estavam em um galpão sob a responsabilidade do Corpo de Bombeiros, estavam sendo furtados e levados para serem comercializados.

O ‘esquema’ foi denunciado à época pelo major Roberto Estêvão, que posteriormente também foi apontado como partícipe da fraude, além de enfrentar processo por desrespeito. O Ministério Público, à época, pediu a prisão de três oficiais, o capitão Renivaldo de Lima Barbosa, acusado que ficou mais tempo preso, o tenente Ederaldo dos Santos Gomes, ambos denunciados por peculato, e o coronel Josivaldo Feliciano de Almeida, por prevaricação.

O escândalo abriu uma crise institucional dentro da corporação, com militares apontando superiores no esquema. A denúncia abalou, inclusive, a credibilidade da instituição. Meses após o escândalo, um galpão de donativos localizado no bairro de Jaraguá foi alvo de um incêndio criminoso. Um sem-teto foi apontado como autor do crime.

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