Operação Maçunim prende oito acusados de crimes na Barra de São Miguel

Alagoas24HorasGrupo é acusado de tráfico de drogas, assaltos e pelo menos quatro homicídios

Grupo é acusado de tráfico de drogas, assaltos e pelo menos quatro homicídios

O sequestro-relâmpago da ex-deputada e mulher do presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Lucila Toledo, ocorrido na noite da última terça-feira, dia 5, na Barra de São Miguel, uma das principais cidades balneárias do Litoral Sul do Estado, desencadeou uma série de ações do aparelho de segurança do Estado.

Ainda ontem, 6, horas após o sequestro e liberação da ex-deputada – que estava acompanhada do neto, da babá e de outra criança – a cúpula da Polícia Civil nomeou a delegada Kátia Emanuelle para o 18º Distrito Policial, sediado na cidade. A delegada já anunciou que deverá se reunir com o comando da Polícia Militar e Guarda Municipal para traçar estratégias no combate à criminalidade.

Na madrugada desta quinta-feira, 7, mais uma operação – desta vez desencadeada pela Divisão Especial de Investigação de Captura (Deic) – resultou no cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão na principal favela da Barra de São Miguel. A polícia acredita ter prendido na operação aquele que é apontado como o principal traficante da região.

Operação Maçinum

Na manhã de hoje, o delegado Paulo Cerqueira, da Deic, concedeu entrevista coletiva para explicar como se deu a operação, intitulada Maçunim. Durante a operação, foi preso Laudemir da Silva, conhecido como Didi, que seria o chefe do tráfico na região. Didi foi preso em uma residência no Complexo Benedito Bentes, em Maceió.

Também tiveram a prisão preventiva decretada pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital José Edvaldo da Silva, Edinho, José Mário Palmeira, que é taxista, Márcio Fernando Antenor da Silva, José Fabiano dos Santos, Lidiane Anjo da Silva, Laudilene Silva, Fabiano Luna da Silva. O único que não foi detido na Favela da Barra foi José Fabiano, que foi preso no trabalho, uma casa de veraneio em um condomínio de luxo na Barra. Com este último acusado os policiais encontraram cerca de R$ 800 em crack. A mulher de Didi, identificada como Ana Clara Marques, estaria sendo investigada por participação na organização criminosa.

De acordo com Paulo Cerqueira, além do tráfico de entorpecentes – que seria adquirido em São Miguel dos Campos e distribuído em cidades litorâneas como Barra, Jequiá e Francês – o bando também é envolvido em assaltos e pelos menos quatro homicídios. Os assassinatos estariam relacionados a dívidas de drogas. São apontados como vítimas Luciano José Barbosa, Edilson Trindade, ambos mortos na Chã do Pilar, José Edevaldo e Givanildo José dos Santos, mortos na Barra de São Miguel.

O delegado atribui à quadrilha um caráter ‘familiar’, uma vez que a maioria dos membros teria algum grau de parentesco. Cerqueira afirmou, ainda, que a operação foi antecipada após o vazamento de informações. O delegado não descarta a participação de outros membros na organização criminosa, que estaria cooptando menores para agirem como aviõezinhos – entregadores – e cobradores.

Com a quadrilha, a polícia encontrou cerca de R$ 4 mil, além de uma pistola 380 e uma pistola de brinquedo.

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