Sobe para 18 militares mortos no Haiti

Em nota divulgada nesta quarta-feira (20), o comando do Exército em Brasília confirmou a morte do major Márcio Guimarães Martins, que estava desaparecido desde o dia 12 de janeiro, quando o terremoto de intensidade 7 devastou o Haiti. Segundo o Exército, não há mais militares que estavam em serviço no país entre os desaparecidos.

O major Guimarães é o 18º militar brasileiro morto na catástrofe. Ele servia no gabinete do Comandante do Exército e estava no Haiti desempenhando a função de oficial de Estado-Maior do Batalhão de Infantaria de Força de Paz no 12º Contingente Brasileiro da Missão. O Brasil comanda uma missão de paz da Organização das Nações Unidas no país.

O Exército não soube informar se o corpo de Guimarães está no avião que chega ao Brasil nesta quarta-feira. A possibilidade, no entanto, é pequena. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB) o voo trazendo o corpo dos militares mortos saiu no começo da madrugada no Haiti. Como os corpos tem de ser liberados pela ONU, a tendência é que o corpo do major Guimarães venha em outro voo.

Civis
Foram confirmadas até agora duas mortes de civis brasileiros no Haiti: a fundadora da pastoral da Criança, Zilda Arns, e o diplomata Luiz Carlos da Costa, que era o segundo na hierarquia da Organização das Nações Unidas no Haiti.

Na noite desta terça-feira (19), o ministério de Relações Exteriores chegou a divulgar uma nota relatando a morte de um terceiro civil. O nome não era mencionado. A informação foi negada pela assessoria do Itamaraty na noite de terça.

O Itamaraty informou que dois brasileiros estão desaparecidos no Haiti desde o terremoto. Um deles é o tenente da Polícia Militar do Distrito Federal Cleiton Batista Neiva, que estava no Haiti desde 2007. Segundo a PMDF, ele prestava serviços à ONU. O outro desaparecido não teve a identidade revelada.

Entre os brasileiros procurados por familiares a partir do Ministério de Relações Exteriores estão funcionários da ONU, de Organizações Não-Governamentais, pesquisadores de universidades brasileiras, religiosos e funcionários de empresas privadas. Segundo o Itamaraty, são muitas as demandas para repatriar os brasileiros que sobreviveram ao tremor. Até o momento 20 voltaram ao Brasil.

De acordo com o Itamaraty, a embaixada em Porto Príncipe está desenvolvendo esforços, paralelamente aos trabalhos de localização e assistência aos brasileiros já encontrados, para identificar os civis brasileiros que realmente desejam retornar.

O ministério informou também que vem crescendo o número de pessoas em busca de informações sobre adoção de crianças haitianas. A embaixada do país no Brasil informou que recebeu 300 pedidos de brasileiros interessados em adotar.

Fonte: G1

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