Brasil mantém trabalhos de resgate no Haiti

O comandante dos Fuzileiros Navais no Haiti, capitão Júlio Cesar Franco, disse neste domingo (24), em entrevista para a GloboNews, que os bombeiros do Distrito Federal continuam o trabalho de busca e resgate de vítimas nos escombros, apesar de o governo haitiano ter anunciado que ele estava encerrado, segundo informou a ONU no sábado (23).

"Não posso falar em nome da ONU. Mas as equipes continuam os trabalhos de resgate aqui no Haiti. Os bombeiros do Distrito Federal estão trabalhando", disse o comandante.

Segundo o comunicado emitido pela ONU, 132 pessoas foram resgatadas com vida pelas equipes internacionais. Mas no sábado, onze dias depois do terremoto, uma equipe francesa resgatou na capital Porto Príncipe um haitiano com vida.

O comandante brasileiro disse ainda que o trabalho de distribuição de alimentos prossegue. "É um trabalho muito complicado por conta da situação da população. Mas este trabalho continua sendo feito. Até agora os fuzileiros distribuiram mais de 10 toneladas de alimentos e 25 mil litros de água nas comunidades".

Segundo o capitão, as tropas da ONU estão no país desde de 2004 e com o terremoto a situação deixou de estar pacificada. "Este terremoto trouxe alguns condicionantes diferentes para a missão, que era a manutenção de um ambiente estável e seguro. Então, agora a gente está com foco muito grande na ajuda humanitária, mas não podemos abrir mão de tudo aquilo que foi conquistado, ou seja, tentar manter a situação tranquila em níveis de segurança", disse.

Os fuzileiros navais estão trabalhando diretamente com os bombeiros do Distrito Federal nos escombros do Hotel Montana. Segundo Julio Cesar, "não há previsão ainda destes bombeiros se retirarem do país".

Sobre a onda de tumultos no país, ele disse que os casos são esporádicos. "Não são muito diferentes dos que ocorriam antes do terremoto. A nossa área de responsabilidade está tranquila. A população sabe que a ajuda humanitária está chegando. Eu não tenho conhecimento de alguma coisa muito diferente do que ocorria antes do terremoto. A segurança é fundamental", disse.

Segundo ele, a atividade econômica do Haiti está voltando. "Nós participamos de algumas operações para resgatar o dinheiro de algumas agências que tinham desmoronado. Foram dois ou três dias para levar o dinheiro para aquelas que tinham plenas condições de funcionar. As agências voltaram ao normal", disse o comandante.

Fonte: G1

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