Estrangeiro tira R$ 2,1 bilhões da Bovespa

Pela primeira vez desde junho do ano passado, os investidores estrangeiros sacaram dinheiro da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O saldo de negociação direta em janeiro ficou negativo em R$ 2,099 bilhões, maior retirada mensal desde outubro de 2008, quando a crise financeira resultou na perda de R$ 4,68 bilhões.

Em 2009, o ingresso de capital externo na bolsa foi recorde, somando R$ 20,6 bilhões. Dos 12 meses, apenas em dois o saldo foi negativo.

A virada de mão dos não residentes, que começaram janeiro com saldo positivo de mais de R$ 900 milhões, acompanhou a deterioração do quadro externo ao longo do mês.

As ordens de venda ganhavam volume conforme crescia a preocupação com um aperto monetário na China, se agravam os problemas fiscais de alguns países da Europa e o governo Obama apresentava novas regras para o setor financeiro.

Tal saída do gringo explica boa parte da queda de 4,65% que o Ibovespa registrou no mês passado, também pior resultado desde outubro de 2008. Vale lembrar, também, que a perda da Bovespa em janeiro pôs fim a uma sequência de seis meses seguidos de valorização.

Mais uma vez quem deu saída ao estrangeiro foi o investidor local, que geralmente opera na mão contrária. As pessoas físicas fecharam o mês com saldo positivo de R$ 1,81 bilhão. Cabe destacar que esses agentes foram os grandes players da Bovespa, respondendo por 31,45% das compras e das vendas. Os estrangeiros, que costumam liderar o mercado responderam por 28,02%.

Ainda na ponta de compra, os investidores institucionais registraram compras R$ 940 milhões superiores às vendas durante o mês passado e responderam por 29,4% do volume comprado e vendido.

Já as empresas públicas e privadas e as instituição financeiras seguiram a mesma trilha do estrangeiro e começaram o ano com saldo negativo de R$ 415 milhões e R$ 243 milhões, respectivamente.

Fonte: Valor OnLine

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