Pelé apresenta taça da copa e fala sobre a seleção brasileira

ReutersReuters

Depois de um atraso de algumas horas causado por um ciclone no Haiti, a Taça da Copa do Mundo da Fifa chegou ao Rio de Janeiro. E é do Brasil, pelo menos até a próxima terça-feira, quando termina em São Paulo a visita ao Brasil e ela seguirá em um tour pelo mundo (ao todo serão 83 países) até chegar à África do Sul, em maio.

Para recepcioná-la e, principalmente tocá-la nessa primeira parada sul-americana, privilégio restrito a poucos, foi convidado o Rei Pelé. Nenhum jogador da Seleção Brasileira, tampouco representantes da CBF, estiveram presentes ao evento promovido pela Coca-Cola.

A razão é facilmente compreensível. A Antártica é a atual patrocinadora oficial da Seleção e o futebol há muito tempo deixou de ser coisa de amador seja dentro ou fora de campo. Exatamente por isso, a multinacional anunciou que está fazendo esse ano a maior campanha de marketing da história da empresa no Brasil.

"Tivemos muitos motivos para apostar nessa decisão. Primeiro porque o Brasil é o País do futebol, tem uma forte ligação com a cultura africana e vai ser a sede da Copa de 2014", disse Luciana Feres, diretora de marketing da Coca-Cola Brasil.

E a grandeza do investimento é facilmente perceptível não só pela qualidade da exposição que utiliza recursos virtuais para dar ao visitante a oportunidade de conhecer mais sobre a história da competição mais importante do planeta como, também, pelas cabines instaladas no Forte de Copacabana com jogos de futebol interativos e pelo filme de oito minutos em tecnologia 3D exibido para as autoridades e convidados presentes.

A locação usada para a filmagem do comercial da Copa, que será veiculado em todo o mundo e também foi apresentado no evento, foi o Estádio Olímpico João Havelange (uma das instalações da Copa de 2014) e conta com a participação de atores brasileiros. Nele, a irreverência das comemorações de gol brasileiras e africanas são ressaltadas.

Pelé, que muitas vezes teve o prazer de sentir a emoção de marcar gols com a camisa amarela, tinha motivos de sobra para se alegrar por ter levantado a taça durante evento. Primeiro porque nas vezes em que conquistou o titulo mundial, apenas segurou o símbolo máximo do futebol e teve que passá-lo para que o capitão levantasse. Em 1958 para Bellini, depois, em 62, para Mauro, e em 70 para Carlos Alberto Torres.

O atleta do século completa 70 anos de idade e 40 da conquista do tricampeonato mundial na mesma época em que a competição faz 80 anos. Por isso, paralelamente às comemorações da passagem do troféu pelo Rio durante o tour global, foi lançado o livro Pelé 70 anos, que mostra fotos histórias do rei, algumas vezes "voando", como no gol de cabeça contra a Itália, para fazer história para o Brasil.

Ao autografar alguns livros que ficarão expostos no museu da empresa que promoveu o evento, parceira exclusiva da Fifa, Pelé perguntou se poderia assinar Edson (em uma alusão ao próprio nome, Edson Arantes do Nascimento). "Todo mundo só quer Pelé, Pelé, mas, afinal, quem segura a barra dele é o Edson", brincou como se Pelé fosse um personagem.

Em entrevista à CNN disse que gostou da iniciativa de promover a Taça da Copa do Mundo e expor filmes e as bolas com que os jogadores disputaram a competição desde 1970. Para ele, essa é uma maneira manter a memória através dos mais jovens. Ao falar para os jornalistas brasileiros, Pelé foi cauteloso nas previsões.

"Copa do mundo é muito complicado. Principalmente essa Copa do Mundo em que você não está vendo nenhum país mostrando um grande diferencial para ser apontado como campeão. Tem algumas equipes como a Espanha que vem com uma boa seleção, que foi inclusive campeã da Europa. Pode ser uma das candidatas ao título. Eu espero que o Brasil esteja na final e, para isso, peço que tenham paciência com o Dunga e deixem ele trabalhar. A torcida é o 12 jogador em campo e precisamos dar essa força para Seleção Brasileira", disse.

Fonte: Terra

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos