Representantes da Assmal estiveram no MP
Representantes de Associações Militares de Alagoas estiveram reunidos com a promotora de justiça Karla Padilha para pedir providências sobre as escalas excessivas da Polícia Militar. Os policiais afirmam que os militares, especialmente da 3ª Companhia independente de Paripueira e da 5ª Companhia de Marechal Deodoro e Barra de São Miguel, estão cumprindo uma jornada de trabalho de 24 horas por 48 de descanso, mas nos dias de folga são obrigados a fazer escalas extras e instruções nas companhias.
“Com essa jornada de trabalho alguns militares já mostram quadros clínicos de estresse e depressão, onde vários Militares da 3ª Cia estão recebendo tratamento no Centro de Assistência Social da PM (CAS) com encaminhamentos feitos por psicólogos para o Hospital psiquiátrico Portugal Ramalho”, disse o representante da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (Assmal), sargento Alberto Jorge.
Os líderes militares contaram também ao Ministério Público que uma sargento se encontra com dispensa médica por apresentar quadro de depressão e tentar suicídio.
A promotora Karla Padilha recebeu a documentação entregue pela Assmal e Associação dos Cabos e Soldados (ACS) sobre o problema e afirmou que iria oficializar a denúncia e pedir explicações ao comandante do comandante de Policiamento da Capital, tenente-coronel Mário da Hora e ao comandante da 3ª Cia Independente de Paripueira, Major Klingermário Silva.
“Sou responsável pela área de Maceió e adjacências e não entendo por que essa usurpação das folgas dos militares, constatadas efetivamente com os quadros clínicos de estresse, diagnosticados por profissionais de saúde através de laudos e dispensas médicas”, afirmou à promotora.
Após o carnaval, a Assmal irá marcar uma nova reunião com o MP para pedir que seja formalizado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o intuito de solicitar o fim das escalas desumanas.
