Justiça decreta prisão de ex-delegado “precário” por ameaçar desembargador

Ascom/PC-ALWladney José é acusado de ameaçar desembargador

Wladney José é acusado de ameaçar desembargador

O ex-delegado “precário” Wladney José da Silva teve a prisão preventiva decretada pelo juiz substituto da 4ª Vara Criminal da Capital, após ser acusado de enviar carta ameaçando um desembargador, por ter tido decisão desfavorável, em recurso cível que se encontra em tramitação no Tribunal de Justiça de Alagoas. Na carta, postada pelos Correios, ainda são citados um Juiz Convocado e um Advogado.

Agentes da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) e do Tigre cumpriram mandados de busca e apreensão domiciliar, mas o ex-delegado “precário” não foi encontrado. Apesar de tentativas de apresentação através de familiares, o acusado recusou-se até o momento, estando na situação de foragido da Justiça. Wlandey José responderá, inicialmente, por Coação no Curso de Processo. A pena do delito previsto no artigo 344 do Código Penal é de 1 a 4 anos de reclusão.

A correspondência ameaçadora chegou à Polícia Civil de Alagoas, através de representação formulada pelos advogados do magistrado e protocolizada na Direção Geral na tarde da última quinta-feira (11). O documento traz firma reconhecida da assinatura em tabelionato de notas – cartório, pois segundo o próprio acusado, queria dar certeza da autoria do manuscrito, fazendo ainda menção a diversas injúrias aos integrantes do Tribunal de Justiça, além da ameaça velada.

Num trecho da carta, o acusado descreve: “…fico aqui imaginando vcs reunidos num gabinete desses aí, com essa carta na Mao discutindo o que é que vão fazer, já pensou as conversas. Eu imagino! Por ultimo, digo a vc, que vcs mexeram com um homem e vou resolver de todo jeito esse negocio, não tem no mundo quem me segure, olhe é de qualquer jeito que eu resolvo”.

Esta não é a primeira vez que o acusado se insurge contra decisões do Poder Judiciário de Alagoas. O primeiro episódio se deu quando de sua exoneração ao cargo de Delegado de Polícia Civil por determinação do então desembargador Antonio Sapucaia, por em entender, em seu julgado, como ilegal e inconstitucional a nomeação e posse precárias, após a expiração do prazo de prorrogação do concurso público para o cargo de Delegado de Polícia Civil realizado em agosto de 2001.

Naquela ocasião, indagado se teria medo de fazer manifestações contra membros do Poder Judiciário, o acusado assim respondeu a um veículo de comunicação da internet: “Olhe, medo é um sentimento humano que todo ser humano detém, porém, abrir é outro departamento. Nunca vou baixar a cabeça para essas pessoas complexadas. Por outro lado, invejo eles porque quando se aposentarem vão poder trabalhar em circo como mágico e até mesmo palhaços”.

Fonte: Ascom/PC-AL

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