Fábio Acioli: Novos fatos podem levar a autores intelectuais

Flávia Duarte/Alagoas24horasJuiz Geraldo Amorim ouviu testemunhas do Caso Fábio Acioli por mais de 24 horas

Juiz Geraldo Amorim ouviu testemunhas do Caso Fábio Acioli por mais de 24 horas

Após 24 horas de depoimentos na 9° Vara Criminal da Capital, o juiz titular Geraldo Amorim pode ter encontrado fatos novos que ajudem a chegar aos autores intelectuais do assassinado do universitário Fábio Acioli de Souza Costa, de 21 anos, queimado vivo em um canavial no Complexo Benedito Bentes. Dezessete pessoas foram ouvidas desde a manhã de ontem. As oitivas se estenderam pela madrugada e tiveram fim no início da manhã desta quinta-feira, 4.

Entre as pessoas ouvidas estavam a mãe e um tio de Fábio Acioli. Segundo o magistrado, novos fatos apareceram durante esta fase do processo e que deverão gerar novas provas sobre o caso. “Os novos fatos não deverão ajudar a chegar apenas nos autores intelectuais, mas também se teve participação de outras pessoas no crime”, ressaltou Amorim.

Questionado sobre a dificuldade em encontrar os autores intelectuais do crime, o juiz Geraldo Amorim explicou que as testemunhas que presenciaram o crime não apareceram para depor, o que tem dificultado o caso.

O magistrado não adiantou quais seriam os novos fatos que apareceram sobre o crime, alegando segredo de Justiça, mas destacou que durante as oitivas foram realizadas acareações e reconhecimentos. Sobre a possibilidade de novas prisões diante dos novos fatos, o magistrado afirmou que aguarda novas diligências. “Estamos aguardando novas diligências, não apenas dos fatos gerados hoje, como pelas autoridades policiais. Novas prisões podem acontecer, mas não agora. Exceto se houver coação de testemunhas”, completou.

Nos próximos dias, deverá acontecer uma reconstituição do crime. O juiz acatou o pedido do promotor do caso, José Antônio Malta Marques, e determinou prazo de 30 dias para que seja confeccionado o laudo da reconstituição.

Caso

Fábio Acioli foi sequestrado no dia 11 de agosto de 2009, supostamente durante um encontro no coqueiral de Cruz das Almas. Após o sequestro, quando estaria em companhia de Rafael Cícero de França, o jovem foi levado para um canavial no Complexo Benedito Bentes, onde foi brutalmente espancado e posteriormente queimado vivo.

O jovem ainda conseguiu pedir ajuda e foi encaminhado a um hospital particular de Maceió. Posteriormente, Acioli foi transferido para um hospital da capital pernambucana, onde após várias cirurgias morreu em decorrência de infecção generalizada. A família do estudante sempre manteve uma postura discreta com relação ao caso e jamais deu declarações à imprensa.

Durante o inquérito, as delegadas do caso chegaram a afirmar que a família estaria dificultando as investigações. Um computador pessoal do universitário ainda está sendo analisado pela Microsoft, nos Estados Unidos.

Figuram como réus do processo o funcionário público Rafael Cícero de França, acusado de atrair o jovem para um coqueiral em Cruz das Almas, Carlos Eduardo Souza e Wanderley Nascimento Ferreira, que seriam os autores materiais do crime. Ainda durante o inquérito policial, outras duas pessoas chegaram a ser presas – Márcio Fernando Inácio e Nelson Luis de Andrade – mas foram libertados.

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