Raimundo presidiu o Goiás entre 2003 e 2006
Do JC Online Com informações da Rádio Jornal
O diretor de futebol remunerado do Santa Cruz, Raimundo Queiróz, foi indiciado pela Polícia Civil de Goiás por diversos crimes relativos ao período compreendido entre 2002 e 2006. Entre 2003 e 2006 ele era o presidente do clube esmeraldinho. Os crimes são os seguintes: estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, agiotagem e crime contra a ordem tributária, além de uso indevido do cartão corporativo do clube.
Esses crimes teriam sido cometidos através de venda de títulos irregulares e empréstimos não contabilizados pelo Goiás. A investigação começou em dezembro do ano passado e estima-se que o prejuízo possa ultrapassar os R$ 20 milhões. Além do atual dirigente tricolor, outras quatro pessoas, todas ex-dirigentes, também são acusadas.
A primeira acusação contra Raimundo surgiu em novembro do ano passado, quando uma matéria do Jornal Opção apontava que Raimundo seria responsável por um rombo de R$ 16 milhões na conta do Goiás. Uma auditoria contratada pelo Conselho Deliberativo do clube teria constatado empréstimos à revelia da diretoria, dívidas sem fundamento e liberação de atletas sem remuneração.
O dirigente convocou uma entrevista coletiva no Arruda e mostrou tranquilidade ao comentar os fatos. Segundo ele, esse inquérito é algo plantado por seus opositores no clube goiano. "As informações têm chegado a mim apenas pela imprensa. Nunca fui convocado para ser ouvido em Goiás. O Goiás é um clube que tem problemas e pessoas maldosas estão fazendo isso para mascarar a incompetência. Fazem quatro anos que deixei o clube, por que só vieram falar nisso agora?", questionou.
Raimundo também rebateu a informação de que empréstimos não foram contabilizados. De acordo com ele, todas as transações foram devidamente comentadas. "Quanto ao cartão de crédito, as faturas estão todas lá", disse.
