Mulher é morta enquanto tentava denunciar violência à Polícia

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O delegado titular do 98º Distrito Policial de Viçosa, Ednaldo Marques Silva, ouviu nesta segunda-feira, 15, duas testemunhas do assassinato da jovem Maria Josilene Javaze da Silva, de 18 anos, morta ontem (14) após tentar denunciar à polícia ameaças e violência doméstica sofrida por uma amiga.

O principal suspeito do assassinato da jovem, que recebeu pelo menos duas facadas, é o marido da sua amiga, identificado como Eronildo Costa da Silva, de 40 anos, conhecido na região como "Eron".

Segundo informações da Delegacia de Viçosa, o acusado era ciumento e costumava implicar com Josilene. "Ele tinha ciúmes de sua esposa Josefa e como Maria Josilene era muito sua amiga, Eron achava que a vítima podia transmitir recados para outros homens", disse um dos agentes.

Os policiais do 98º DP informaram que a jovem estava em uma festa de criança em companhia de Josefa, quando Eronildo chegou e ordenou que sua mulher fosse para casa imediatamente. Josefa teria demorado a cumprir a ordem e o acusado voltou ao local com uma faca, ameaçou Josefa e Maria Josilene. Em seguida, pegou um de seus filhos e o levou para casa.

Ao presenciar o ocorrido, Maria Josilene pegou uma bicicleta e correu até a Delegacia denunciar as ameaças, mas foi orientada a procurar a Polícia Militar para solicitar a prisão de Eron. Os agentes alegaram que o efetivo estava reduzido e os policiais plantonistas estavam limitados a lavrar flagrantes e fazer a guarda dos 20 presos da carceragem.

A jovem seguiu a determinação dos policiais e de deslocou até a Companhia da Polícia Militar de Viçosa para efetuar a denúncia. No entanto, foi surpreendida mais uma vez pela falta de efetivo. No local, a vítima encontrou apenas uma dupla de militares que pediu para Maria Josilene voltar à Delegacia da cidade acompanhada da esposa do infrator, e finalmente formalizar a denúncia.

Por volta das 22h de domingo, 14, Maria Josilene foi abordada pelo acusado e atingida com dois golpes de faca à caminho da Delegacia. A vítima chegou a ser conduzida por uma guarnição do Samu ao Hospital de Viçosa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de receber atendimento.

Quase 12 horas depois do crime, o corpo Maria Josilene foi recolhido ao Instituto Médico Legal (IML). A alegação do IML sobre a demora no atendimento, foi a falta de rabecões.

O delegado de Viçosa, Ednaldo Marques Silva irá encaminhar o inquérito ao delegado regional, José Rangel.

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