Agricultores ocupam o IMA de Alagoas

Neste momento, cerca de 60 agricultores que recebem o apoio da Comissão Pastoral da Terra em Alagoas estão ocupando o Instituto do Meio Ambiente (IMA) no bairro de Bebedouro em Maceió. O ato reivindica a agilidade na apresentação do laudo técnico que comprova o desmatamento na Fazenda Boa Esperança em Major Izidoro, onde possui 28 famílias camponesas acampadas na propriedade do Deputado Federal, Benedito de Lira (PP/AL).

Após denúncia realizada pelos trabalhadores rurais, a propriedade foi notificada em 5 de janeiro deste ano devido a prática de desmatamento. Foram retirados da área: pé de pereiro, juazeiro, caatingueira, braúna, angico, mororó, pau d’arco, jurema, mandacaru e mameleiro – foram encontrados cerca de 200 metros cúbicos de madeira, e precisariam de 15 caminhões para transportar o material. O órgão fez a inspeção, mas até agora não encaminhou o relatório oficial para o juiz da Vara Agrária, Ayrton Tenório, que deveria constar no inquérito.

Os trabalhadores rurais passaram a madrugada na sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-AL), e ficarão no IMA por tempo indeterminado. Caso o laudo não saia até às 10h, uma comissão ficará no local e os demais manifestantes seguem para Vara Agrária onde terá uma audiência especial. Na ocasião, o Ouvidor Agrário Nacional, Gercino Filho, ouvirá os representantes das famílias camponesas que estão sendo intimidadas na fazenda e que buscam a suspensão da reintegração de posse.

Fazenda Boa Esperança
A Fazenda Boa Esperança possui 475 hectares, passou 10 anos em estado de abandono tem dívidas no Banco do Nordeste. As 28 famílias camponesas foram morar no local há dois anos a convite do filho do próprio proprietário, o Deputado Estadual Arthur Lira (PP/AL).

Atualmente, estão plantando milho, fava, feijão, palma, tomate, alface, cebola e coentro; também possuem uma pequena criação de ovelha, cabra, porco e galinha. Caso seja oficializada a reintegração de posse no dia 25 de março, essas famílias não têm para onde ir e a situação ficará ainda mais delicada.

Fonte: Ascom CPT

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