IML demora 11 meses para confirmar identidade de corpo

ArquivoExame de DNA confirmou que cadáver era de Gabriel Bandeira da Silva, de 21 anos

Exame de DNA confirmou que cadáver era de Gabriel Bandeira da Silva, de 21 anos

De acordo com o advogado do Caso Gabriel, Alberto Jorge, o resultado do exame de DNA confirmou que a ossada encontrada na cidade de Marechal Deodoro, em abril do ano passado, é do jovem Gabriel Bandeira da Silva, 21 anos, que se encontrava desaparecido há quase um ano.

Gabriel Bandeira havia saído de casa para um show da banda Asa de Águia, em Maceió, no mês de abril do ano passado e desapareceu. Dias depois, foi encontrado uma ossada na cidade de Marechal Deodoro. Havia suspeitas de que se tratava dos restos mortais do estudante, contudo, a confirmação só veio 11 meses após o crime.

Conforme o advogado, prioritariamente foi feito o exame da arcada dentária, mas como deu inconclusivo foi solicitado o exame de DNA. No entanto, o resultado só foi possível mais de 11 meses depois do crime. Segundo o advogado, a demora para a realização do exame pode ter prejudicado as investigações criminais, que vinham sendo feitas pela delegada Fátima Menezes, do 6º Distrito Policial.

“Como não havia a certeza do corpo, ainda não se podia afirmar que era um crime de homicídio. Se o resultado tivesse chegado antes, a investigação andaria neste sentido. Hoje em dia, algumas pessoas que estavam com Gabriel Bandeira no show, nem mais se encontram em Maceió”, colocou Alberto Jorge, avaliando os prejuízos causados pela demora para se obter o resultado do exame.

Para Alberto Jorge, a delegada do caso – Maria de Fátima – se mostrou sempre empenhada nas investigações. Ele culpa o Governo do Estado de negligência por não ter tido a devida preocupação e celeridade com o caso. “Faltou empenho e isto demonstra à sociedade o descaso do Estado. Não se admite que o corpo tenha ficado tanto tempo à disposição do Estado para saber se era do Gabriel ou não. São 11 meses de aflição, pedidos e incertezas junto ao Estado”, colocou.

Alberto Jorge destacou que o Ministério Público Estadual foi de fundamental importância para conseguir o resultado do exame de DNA. Agora, as investigações devem ganhar um novo rumo, já que o crime de homicídio se configura. Mas, o advogado não descarta a hipótese de a família entrar com uma ação contra o Governo do Estado.

A mãe do rapaz, Márcia Bandeira, já temia que o filho havia sido assassinado. De acordo com o advogado, os familiares – entretanto – não possuem suspeitos. Alberto Jorge confirma que Gabriel Bandeira era usuário de drogas, mas afirma que “era um rapaz calmo, tranquilo e querido pela família e que não estava envolvido em encrencas por conta do vício”.

Familiares e amigos chegaram a realizar várias manifestações, inclusive em frente à sede da Polícia Civil de Alagoas, para pedir a apuração rigorosa do caso.

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