O governador fluminense Sérgio Cabral afirmou que a partilha dos royalties da exploração brasileira de petróleo na camada pré-sal inviabilizaria a realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro. A declaração, porém, não assustou a Fifa a respeito da realização do Mundial de futebol – a entidade máxima da modalidade reafirmou nesta sexta-feira a confiança nas capacidades do País.
A divisão dos royalties vem causando polêmica nos últimos dias e chegou a levar milhares de pessoas às ruas do Rio de Janeiro para protestar. Cabral disse que o corte que o Estado fluminense teria com as receitas provenientes da exploração chegaria aos R$ 5 bilhões e tornaria inviável a realização no Brasil dos dois maiores eventos do esporte.
Entretanto, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, não externou preocupação com as declarações de Cabral. Durante o anúncio do relatório financeiro da entidade em relação a 2009, o dirigente mostrou tranqüilidade.
"Eu diria que Olimpíada e Copa do Mundo são eventos diferentes", declarou Valcke. "A Fifa não está preocupada com isso. Estamos trabalhando em conjunto com o comitê organizador, os acordos comerciais que fizemos nos agradam e o projeto do Brasil preenche as nossas expectativas", sintetizou.
