Japoneses buscam própolis vermelha de AL

Tércio Capello/Agência Alagoas/ArquivoJaponeses apostam no produto alagoano

Japoneses apostam no produto alagoano

Ainda pouco presente no mercado interno local, a própolis vermelha cultivada no Estado desperta o interesse de empresários internacionais. Maior comerciante mundial desse extrato da resina do rabo-de-bugiu (planta que fica localizada próximo a manguezais), vem do Japão a principal aposta no produto alagoano. Uma comitiva de cinco empresários do país do sol nascente desembarcou na última sexta-feira (19) para firmar parceria com cultivadores e pesquisadores locais.

No auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade de Ciências da Saúde do Estado de Alagoas (Uncisal) apresentaram os passos da produção e os resultados sobre as pesquisas relacionadas à própolis vermelha, em Alagoas. De acordo com os japoneses, a cooperação técnica com produtores e pesquisadores alagoanos tem sido buscada há alguns meses por causa do notável avanço no cultivo feito no Estado.

O Governo do Estado promove há dois anos a interação entre esses setores para gerar a excelência na produção. A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) tem cumprido um papel de articuladora, buscando financiamento para as pesquisas e implantação de tecnologias.

“Já somos considerados os melhores produtores de própolis vermelha do país. Fruto dessa união entre universidade, cooperativa e parceiros. Isso é que vem despertado o interesse dos japoneses e dos demais mercados externos”, explicou Kátia Born, secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e da Inovação.

A proposta é que a cooperação técnica funcione por meio de financiamento para pesquisas, suporte para estudos e um intercâmbio cultural que possibilite uma constante troca de experiências para o desenvolvimento da produção e da qualidade da própolis vermelha em Alagoas. “Estamos impressionados com os avanços nos estudos da própolis vermelha em Alagoas. São pesquisas como essas que chama a atenção de nossa equipe, trazendo-nos ao Brasil”, afirmou Shigeru Yokoyama, técnico de uma empresa de produtos naturais, que já exporta 100 quilos da própolis vermelha local. “Queremos, agora, saber o que os alagoanos precisam para colaborar com os estudos, até mesmo para expansão da produção. E também vamos aproveitar essa experiência para o uso diário em nosso país”, informou.

Os asiáticos dedicam uma atenção ao produto devido à descoberta dos benefícios da própolis vermelha, que incluem as ações antimicrobiana, anti-inflamatória, antiviral, anicarcinogênica e imunomodulatória, demonstrando o poder terapêutico da própolis em substituição aos medicamentos convencionais. Segundo a câmara técnica de medicamentos fitoterápicos da Anvisa, a própolis é um produto natural de características resinosas e composição variável, coletada de várias espécies vegetais e que sofre adição de secreção de abelha.

As apresentações se deram em três segmentos: capacidade de produção no campo, controle de qualidade da própolis e desenvolvimento dos produtos farmacêuticos e cosméticos – relacionados ao cultivo de 50 produtores da região localizada entre São Miguel dos Milagres e Coruripe, onde se fabrica o elixir, melito e está em desenvolvimento pomadas e cosméticos. “Mostramos a metodologia que aplicamos aqui”, contou o professor Ticiano Gomes, professor da Ufal.

Conferência Regional

A própolis vermelha é produzida pela Cooperativa do Mel (Coopmel). A cadeia do mel em Alagoas é uma das áreas estratégicas do programa de inovação da tecnologia, elaborado pelo Governo do Estado. O projeto e o intercâmbio com os japoneses vão ser discutidos na Conferência Regional Nordeste de Ciência, Tecnologia e Inovação nos dias 15 e 16 de abril, em Maceió, no Centro de Convenções Ruth Cardoso. Inscrições no site da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti): www.cienciaetecnologia.al.gov.br.

Fonte: Wendell Palhares/Assessoria

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