Menino se identificou como Sérgio Souza da Silva e diz ter sido sequestrado em Alagoas
Uma criança de cerca de 10 anos, que foi acolhida por uma instituição da cidade de Goytacazes, a 286 quilômetros da capital do Rio de Janeiro, identificada como Sérgio Souza da Silva, afirmou aos conselheiros tutelares que foi sequestrada em Alagoas. A entidade entrou em contato com o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Alagoas para tentar localizar familiares do menor.
De acordo com informações da assistente social da instituição, Cinthia Paes Guimarães, ele foi levado pelo Conselho Tutelar da região após a prisão de um homem identificado como Luiz Henrique Maciel, até então seu responsável, acusado de tentar sequestrar outra criança.
Sérgio teria informado às assistentes sociais que Luiz Henrique seria seu pai e que não recordava o nome da sua mãe, ou seu paradeiro. Posteriormente, o menino teria confessado que o nome da mãe seria Eliane Souza da Silva e seu pai seria um homem identificado como Zé Lino Souza e Silva. O menino ainda teria citado o nome de supostos irmãos, “Andrel”, Davi, “Varisto” e Vitória, além do nome da avó paterna, “mãe Carmem”, que seria portadora de necessidades especiais. Quanto ao avô, o menino afirma que o mesmo morreu “doente de um negócio na cabeça”.
Sérgio disse, ainda, morar em uma cidade depois de Maceió, que não tem praia, “mas tem um rio com pedras e uma ponte, que mora próximo ao assentamento dos sem-terra, que há uma ‘usina de cachaça’ e que há uma praça de motoqueiros”.
No seu relato, Sérgio negou qualquer tipo de agressão por parte dos pais, ou fome. O menino ainda diz se lembrar que todos os irmãos ajudavam o pai a vender tapiocas feitas pela mãe na “Feira da Roça” e que também catavam e vendiam ferro-velho.
O menino afirma que estava matriculado em uma escola e que foi abordado por Luiz Henrique quando saía da mesma. Para atrair a criança, o suposto sequestrador teria oferecido uma cesta básica à sua família, desde que ele entrasse no veículo e seguisse com ele para Maceió. O sequestrador ainda teria orientado o menino a chamá-lo de pai e o obrigava a trabalhar sob a ameaça de castigos físicos.
O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente aguarda, agora, informações sobre os pais de Sérgio Souza da Silva, que podem ser fornecidas pelo telefone (82) 8883-7564 e através do e-mail- cedca_alagoas@hotmail.com.
