Fábio Acioli no dia em que foi socorrido de canavial no Complexo Benedito Bentes
O juiz Geraldo Amorim, o promotor José Antonio Malta Marques e a diretora do Instituto de Criminalística, Rosana Coutinho, acertaram nesta terça-feira, 6, os últimos detalhes para a reconstituição do crime do universitário Fábio Acioli Souza da Costa, 21 anos, sequestrado, espancado e queimado vivo em um canavial do Complexo Benedito Bentes, em agosto do ano passado. O crime chocou a população de Alagoas e segue sem autoria intelectual.
A reconstituição, que acontecerá a pedido da promotoria, foi agendada para o dia 4 de maio e contará com a participação das pessoas envolvidas diretamente no crime, além de servidores públicos, que atuarão como atores. Ao todo, 80 pessoas deverão participar da reconstituição, que ocorrerá à noite. Na reconstituição, a promotoria pretende esclarecer algumas dúvidas existentes no inquérito.
O objetivo da reconstituição é refazer todos os passos do estudante desde a sua passagem por um bar, o suposto sequestro no coqueiral de Cruz das Almas, até o socorro pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), coordenado pelo então médico socorrista – e hoje diretor do serviço – Kleber Santana. No dia do sequestro, o jovem chegou a pedir ajuda ao deixar o canavial no Benedito Bentes, mas seu quadro clínico piorou e Fábio morreu no dia 26 de agosto, em um hospital da capital pernambucana.
Nesta quarta-feira, 7, o juiz Geraldo Amorim, da 9ª Vara Criminal da Capital, deve ouvir mais dez testemunhas relacionadas ao caso, inclusive o médico Kleber Santana, no Fórum do Barro Duro. Os depoimentos devem durar toda a manhã.
