Cléber Brandão afirma que sua prisão foi ilegal
O advogado Cléber Brandão, preso na última quinta-feira, dia 1º de abril, em uma propriedade particular na zona rural de Anadia, cidade a 98 km de Maceió, disse na manhã desta quinta-feira, 8, em entrevista à reportagem do Alagoas24horas, que sua prisão foi totalmente “arbitrária” e “ilegal” e que pretende representar os policiais envolvidos no episódio.
Brandão foi preso por policiais de Anadia que se encontravam de plantão na Delegacia Regional de São Miguel dos Campos, durante as comemorações da Semana Santa. A prisão ocorreu em uma fazenda a poucos quilômetros da cidade, após Cléber Brandão ter discutido com a prefeita da cidade, Sânia Teresa, e seus familiares.
Segundo o advogado, sua família possui propriedade na cidade há mais de 40 anos e apenas nos últimos anos, após ter sido consultor jurídico da coligação derrotada nas últimas eleições – quando Sânia se sagrou prefeita – passou a ter problemas com os integrantes do Executivo Municipal. De acordo com o advogado, os problemas teriam motivação política.
Quanto à sua prisão, Cléber Brandão foi enfático ao afirmar que irá provar a ilegalidade da mesma. Liberado da última segunda-feira, 5, Brandão já entrou em contato com o presidente da OAB/AL, Omar Coelho de Melo, e solicitou audiências com a Secretaria de Defesa Social e Tribunal de Justiça de Alagoas, para relatar o que está ocorrendo em Anadia.
Brandão afirma que no dia da sua prisão estava na casa de um amigo, com cerca de dez pessoas, e a única arma existente no local era um revólver calibre 38, devidamente registrado em seu nome, que foi entregue ao seu amigo para ser guardado, quando ele (Brandão) chegou ao local.
O advogado afirma, ainda, que após 20 minutos no local, teria chegado uma equipe da Polícia Civil, composta por agente, escrivão e chefe de serviço, que anunciaram a prisão, sem apresentar mandados de busca e apreensão e prisão e sem que ele cometesse qualquer crime. “Minha prisão foi encomendada”, afirma o advogado.
Quanto às armas apresentadas pela Polícia Civil, e que seriam suas, Cléber Brandão disse que apenas possui um revólver calibre 38, e que jamais viu as duas espingardas 12 e o outro revólver. As armas, segundo o advogado, teriam sido “plantadas” para prejudicá-lo.
Brandão confirma que enfrenta – há tempos – divergências políticas com Sânia Teresa e alega sofrer perseguição política, porque sua atuação como advogado desagradaria à chefe do Executivo, uma vez que liberaria desafetos políticos da prefeita. “Minha prisão foi encomendada e não é difícil de provar”, atesta.
